Exercícios de alongamento na percepção de estresse em profissionais de enfermagem: estudo clínico randomizado
AUTOR(ES)
Costa, Max Vanderson Cezar da
FONTE
Cad. Bras. Ter. Ocup.
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/06/2019
RESUMO
Resumo Introdução: Profissionais de Enfermagem (PE) possuem rotina de trabalho muito estressante que os tornam categoria de risco para o desenvolvimento de doenças ocupacionais. Exercícios físicos podem atenuar o estresse, mas, há dúvida sobre os benefícios do alongamento muscular. Objetivo Verificar o efeito de exercícios de alongamento sobre o estresse em PE. Método Estudo clínico randomizado, tipo paralelo, com a participação de 39 PE (Experimental = 20; Controle = 19). Os perfis laborais e de estresse ocupacional foi investigado via questionário. As aulas de alongamento duraram 8 semanas, 3 vezes semanais sessões de 40 minutos. Os dados foram tratados com estatística descritiva e teste ANCOVA (p≤0,05). Resultados Quanto ao perfil laboral e estresse ocupacional, os resultados mostraram que 64% consideravam o trabalho ‘pesado’ com mais de 10h/dia (97%). Sobre férias, 62% afirmaram tirar mais de 20 dias, mas, 28% trabalhavam nesse período. Mais da metade envolvia-se com outras atividades profissionais (51%) e costumava trabalhar aos finais de semana (97%). No ano anterior, 49% ausentaram-se do serviço uma ou mais vezes por motivos de saúde. A maioria apresentou insatisfação (56%) quanto à sua vida profissional, mas, considerou ‘satisfatório’ a ‘muito bom’ o ambiente de trabalho (92%) e ‘bom’ a ‘muito bom’ o relacionamento com os colegas (98%). Após oito semanas de aulas, houve diminuição de estresse (F = 43,522; p<0,001; tamanho do efeito = 0,547). Conclusão Apesar do perfil laboral e de estresse, os exercícios de alongamento proporcionaram atenuação do estresse ocupacional nos PE. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-6PVVDB). Abstract Introduction: Nursing professionals (NP) have a very stressful work routine that makes them a category of risk for the development of occupational diseases. Physical exercises can ease stress, but there is doubt about the benefits of muscle stretching. Objective To verify the effect of stretching exercises on stress in NP. Method This is a randomized, parallel type study with the participation of 39 NPs (Experimental = 20, Control = 19). The occupational and occupational stress profiles were investigated by a questionnaire. The stretching classes lasted 8 weeks, 3 times weekly and 40 minute sessions. The data were treated with descriptive statistics and ANCOVA test (p≤0.05). Results Regarding the occupational profile and occupational stress, the results showed that 64% considered the work 'heavy' with more than 10h/day (97%). On holiday, 62% reported taking more than 20 days, but 28% worked in that period. More than half were involved in other professional activities (51%) and used to work on weekends (97%). In the previous year, 49% were absent from the service one or more times for health reasons. Most of them (56%) were dissatisfied with their professional life, but considered the work environment to be 'very good' (92%) and 'good' and the relationship with colleagues as 'very good' (98%). After eight weeks of classes, there was a decrease in stress (F = 43.522, p <0.001, effect size = 0.547). Conclusion Despite the work profile and stress, stretching exercises provided attenuation of occupational stress in NPs. Brazilian Registry of Clinical Trials (RBR-6PVVDB).
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