Exacerbação aguda da DPOC: mortalidade e estado funcional dois anos após a alta da UTI

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a taxa de mortalidade de pacientes com DPOC e avaliar o estado funcional dos sobreviventes dois anos após a alta da UTI. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectiva realizada nas UTIs de dois hospitais na cidade de Porto Alegre (RS) com pacientes com exacerbação aguda de DPOC e internados em UTI entre julho de 2005 e julho de 2006. Dois anos após a alta, os sobreviventes foram entrevistados via telefone. Os dados obtidos foram utilizados na determinação dos escores da escala de Karnofsky e de uma escala de atividades de vida diária (AVD). RESULTADOS: Foram incluídos 231 pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 37,7% e a mortalidade extra-hospitalar foi de 30,3%. Dos 74 sobreviventes, foram entrevistados 66 (89%). A média de idade dos pacientes no momento da internação na UTI era de 74 ± 10 anos e a do escore Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II era de 18 ± 7. Tinham duas ou mais comorbidades 87,8% dos pacientes. Dos 66 entrevistados, 57 (86,3%) viviam em suas casas, 58 (87,8%) eram capazes de realizar seu autocuidado, 12 (18,1%) utilizavam oxigenoterapia, e 4 (6,1%) necessitavam suporte ventilatório. Houve uma significante redução na qualidade de vida e na autonomia, segundo os escores da escala de Karnofsky (85 ± 9 vs. 79 ± 11; p = 0,03) e de AVD (29 ± 5 vs. 25 ± 7; p = 0,01), respectivamente. CONCLUSÕES: A mortalidade desta amostra de pacientes foi muito elevada nos primeiros dois anos. Embora houvesse evidente redução do estado funcional dos sobreviventes, os mesmos preservaram a capacidade de realizar seu autocuidado

ASSUNTO(S)

doença pulmonar obstrutiva crônica qualidade de vida unidades de terapia intensiva

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