Avaliação da mortalidade e qualidade de vida dois anos após a alta do CTI: dados preliminares de uma coorte prospectiva
AUTOR(ES)
Cabral, Claúdia da Rocha, Teixeira, Cassiano, Oliveira, Roselaine Pinheiro de, Hass, Jaqueline Sangiogo, Azzolin, Karina de Oliveira
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-03
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a mortalidade e qualidade de vida dos pacientes que receberam alta do centro de tratamento intensivo a longo prazo. MÉTODOS: Coorte prospectiva em que foram avaliados todos os pacientes que internaram em um centro de tratamento intensivo durante 6 meses e entrevistados, via telefone, após dois anos da alta do centro de tratamento intensivo, visando o preenchimento de duas escalas de qualidade de vida: escala de Karnofsky e escala de atividades de vida diária (ADL). RESULTADOS: De um total de 380 pacientes, 100 (26,5%) indivíduos estavam vivos na época da entrevista, 94% vivendo em suas casas e 90% sem necessidade de cuidado familiar ou especializado. Houve uma redução significativa na qualidade de vida dos sobreviventes (Karnofsky pré-CTI = 90 ±10 vs. Karnofsky após dois anos = 79±11; p<0,05), porém com manutenção da sua capacidade funcional (ADL pré-CTI = 28±4 vs. ADL após dois anos = 25±8; p=0,09). Esta queda na qualidade de vida deveu-se principalmente aos pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (Karnofsky pré-CTI = 88±7 vs. Karnofsky após dois anos = 60±15; p<0,01). CONCLUSÃO: Estes dados preliminares sugerem que o desempenho dos pacientes após dois anos da alta do centro de tratamento intensivo é preservado, pois os mesmos mantêm a capacidade de realizar auto cuidado, exceto naqueles com danos cerebrais, os quais pioram muito a sua qualidade de vida.
ASSUNTO(S)
qualidade de vida mortalidade avaliação de estado de karnofsky unidades de terapia intensiva
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