Evolução do impacto das mortes por causas violentas na esperança de vida da população de Manaus entre 1980 e 2009

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar a evolução do impacto das mortes por causas violentas na esperança de vida da população de Manaus entre 1980 e 2009. Para isto, foram utilizados os dados de mortalidade por causas externas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), desagregados por sexo, idade e subgrupos de causas, tais como: homicídios com arma de fogo, homicídios sem arma de fogo, acidentes de transporte e demais causas externas. Inicialmente foi feita uma análise descritiva dos dados utilizando-se taxas de mortalidade padronizadas, segundo a idade, sexo e subgrupos de causas. Em seguida, para avaliar a evolução do impacto das mortes violentas na esperança de vida, foram construídas tábuas de mortalidade padrão e de múltiplo decremento. Além disso, foi utilizada a metodologia de anos de vida perdidos desenvolvida por Arriaga para avaliar o impacto das mortes violentas nos grupos etários e, por fim, foi desenvolvido um exercício de ajuste dos anos de vida perdidos, flexibilizando o pressuposto de mortalidade nula entre as idades, utilizando-se um conjunto de probabilidades de morte brutas e líquidas para observar possíveis alterações nos anos de vida perdidos. Os resultados da evolução do impacto das mortes violentas mostraram que, entre 1980 e 2009, os homens sofreram as maiores perdas de anos de vida, que as agressões, principalmente aquelas consumadas com a utilização das armas de fogo, nos últimos dez anos, vêm aumentando seu poder de deterioração na esperança de vida masculina, com maior magnitude nas idades entre 15 e 34 anos. Para as mulheres foram as mortes por acidentes de transportes, por todo o período estudado, que causaram as maiores perdas de anos de vida e, ao contrário dos homens as agressões sem a utilização de armas de fogo produziram os maiores impactos na esperança de vida feminina. Os resultados do ajuste dos anos de vida perdidos não alteraram o padrão de mortalidade, porém houve uma significativa mudança de nível dos anos de vida perdidos pelas mortes violentas.

ASSUNTO(S)

mortalidade manaus (am) 1980-2009 teses. violência urbana manaus (am) 1980-2009 teses. expectativa de vida manaus (am) 1980-2009 teses. demografia teses.

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