As co-variatas políticas das mortes violentas
AUTOR(ES)
Soares, Gláucio Ary Dillon
FONTE
Opinião Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-03
RESUMO
Os fenômenos do crime, da violência e do homicídio estão fortemente relacionados com fatores políticos, basta observar a incidência da violência policial e de Estado nas ditaduras e nos regimes totalitários ou o papel das políticas públicas e da sociedade civil democrática em coibi-los. Transformar regimes em variáveis é um dos passos fundamentais para se entender a evolução das taxas de mortes ou por causas externas nos países que passaram por mudanças de regimes políticos, como os países da Europa Oriental e do antigo bloco soviético. No caso latino-americano, não houve um quadro extremado de dissolução social semelhante mas, mesmo assim, experimentou-se uma diferença significativa nas taxas de homicídios antes e depois das transições políticas. Os dados relativos ao Brasil mostram a tendência de crescimento dessas taxas durante o regime militar e de estabilidade no período pós-transição democrática, o que rompe com uma visão que destaca o fenômeno inverso, uma espécie de onda de violência acompanhando o fim da ditadura militar.
ASSUNTO(S)
homicídios violência mudança política democracia brasil
Documentos Relacionados
- Seis características das mortes violentas no Brasil
- Desigualdades sociais e crescimento das mortes violentas em Salvador, Bahia, Brasil: 2000-2006
- Mortes violentas não esclarecidas e impunidade no Rio de Janeiro
- A face perversa da cidade : configuração socio-espacial das mortes violentas em Campinas nos anos 90
- Vulnerabilidade ao homicídio: sócio-história das mortes violentas na cidade de Campo Grande/Mato Grosso do Sul, 2004