Evolução clínica e funcional dos pacientes com infecção após artrodese de coluna lombar
AUTOR(ES)
Falavigna, Asdrubal, Righesso, Orlando, Teles, Alisson Roberto, Kleber, Fabrício Diniz
FONTE
Coluna/Columna
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-06
RESUMO
OBJETIVOS: descrever a experiência dos autores no manejo da infecção após instrumentação da coluna lombar e suas consequências futuras. MÉTODOS: estudo de coorte prospectivo com pacientes portadores de infecção profunda pós-operatória, realizado entre janeiro de 1997 e janeiro de 2009. Todos os pacientes foram submetidos à revisão cirúrgica, coleta de material para exame microbiológico, lavagem exaustiva da região, debridamento dos tecidos desvitalizados, colocação de sistema de lavagem contínua, sutura primária e antibioticoterapia. Manteve-se a instrumentação em todos os pacientes. Os pacientes foram avaliados durante o seguimento por imagens radiográficas, estado clínico e funcional. Utilizaram-se a escala numérica da dor e o índice de incapacidade Oswestry. Os resultados numéricos foram submetidos a análises pareadas pelo teste de Wilcoxon. RESULTADOS: a incidência de infecção foi de 3,1% (15/485). O agente etiológico mais prevalente foi o Staphylococcus aureus. Todos os casos lograram consolidação. Em um seguimento médio de 47,6 meses, observaram-se mudanças nos escores da escala numérica da dor (p=0,001) e índice de incapacidade Oswestry (p=0,017). Na avaliação final, 64,2% dos pacientes (9/14) apresentaram incapacidade mínima e 35,8% (5/14), incapacidade moderada. CONCLUSÃO: o tratamento agressivo das infecções pós-operatórias de artrodese de coluna lombar permite evitar a retirada da instrumentação e manter a estabilidade vertebral. A despeito da complicação, os pacientes apresentaram melhoras em relação à dor e capacidade funcional pré-operatórias.
ASSUNTO(S)
infecção da ferida operatória coluna vertebral complicações pós-operatórias procedimentos ortopédicos
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