Evaluations of anatomical and physiological biomarkers in plants exposed to arsenic / Avaliações de biomarcadores anatômicos e fisiológicos em plantas expostas ao arsênio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Avaliações anatômicas e fisiológicas de plantas de Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), Borreria verticillata (Rubiaceae) e Cajanus cajan (Leguminosae) foram realizadas após exposição ao arsênio. As avaliações anatômicas incluíram: a caracterização em microscopia de luz e eletrônica de varredura; a histolocalização de um possível sítio de acúmulo do arsênio nas raízes e folhas e a análise morfométrica dos tecidos foliares. Os parâmetros fisiológicos avaliados foram as trocas gasosas e emissão de fluorescência da clorofila a. A influência do arsênio no crescimento foi analisada e o fator de transferência (FT) e o fator de acumulação (FBA) foram calculados a partir do teor deste elemento acumulado nas folhas, caules e raízes. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Unidade de Crescimento de Plantas da Universidade Federal de Viçosa. As plantas foram mantidas em solução de Hoagland e o arsênio foi adicionado na forma de arseniato de sódio (Na2HAsO4.7H2O); S. terebinthifolius e B. verticillata foram submetidas a concentrações de 0; 2,5; 5,0; 7,5; e 10,0 mg L-1 As e C. cajan a 0; 0,5; 1,0; 1,5; e 2,5 mg L-1 As. O tempo de exposição das plantas ao arsênio variou entre as espécies: S. terebinthifolius, 47 dias, C. cajan, 27 dias e B. verticillata, 10 dias. As alterações anatômicas nas folhas das três espécies foram evidentes, mas apenas B. verticillata translocou o arsênio para parte aérea da planta, com FT e FBA>1, mostrando que os danos observados, pelo menos nas outras duas espécies, ocorreram em função de efeitos indiretos do arsênio. A raiz, nas três espécies, sofreu alterações anatômicas pouco expressivas, se compararmos com a quantidade de arsênio presente neste órgão, pois todas apresentaram FBA>1, talvez pela compartimentalização deste elemento no vacúolo das células. O teste histoquímico para detecção de arsênio não foi conclusivo, necessitando de outras análises para sua interpretação e não sendo localizado um sítio de acúmulo de arsênio nas raízes e folhas das espécies estudadas. Não foi possível observar um marcador estrutural específico ao arsênio, uma vez que as alterações observadas foram também descritas em resposta a outros poluentes. Os parâmetros fisiológicos de C. cajan mostram a sensibilidade desta espécie ao arsênio pois, a menor dose deste elemento, afetou tanto as trocas gasosas, como os parâmetros da fluorescência da clorofila a. Em S. terebinthifolius e B. verticillata, os danos causados na fotossíntese foram provavelmente em função da redução na condutância estomática, sendo a primeira mais sensível, pois os parâmetros de fluorescência da clorofila a não foram alterados em B. verticillata e sofreram alterações características de uma fotoinibição reversível em S. terebinthifolius.

ASSUNTO(S)

arsenic anatomia vegetal botanica plant anatomy arsênio

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