Evaluation and reaching trainning with trunk restraint in post-stroke hemiparetic patients / Avaliação e treinamento de alcance com restrição de tronco em pacientes hemipareticos pos acidente vascular cerebral

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O acidente vascular cerebral (AVC) é reconhecido como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade. Seqüelas decorrentes deste evento podem levar à incapacidade motora e déficits de leves a severos. Para classificar melhor a disfunção sensitivo-motora, o equilíbrio e as habilidades para as atividades de vida diária (AVD s), escalas de avaliações quantitativas e qualitativas estão sendo amplamente utilizadas. O objetivo do Artigo 1 foi verificar a correlação existente entre a Escala de Fugl-Meyer (FM), Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e Índice de Barthel (IB). Foram recrutados 20 pacientes com diagnóstico de AVC crônico, que passaram pelas avaliações por cerca de uma hora. Os resultados demonstraram que a FM se correlaciona positivamente com o IB e a EEB, mostrando que, quando utilizadas em conjunto, classificam de forma esclarecedora o quadro físico geral do paciente com AVC. Após o AVC, o comprometimento da função do membro superior é a seqüela mais comum, podendo ser permanente. Os movimentos de alcance feitos com o membro superior hemiparético são freqüentemente acompanhados por movimentos compensatórios de tronco e cintura-escapular. O uso da terapia de restrição de tronco visa evitar a movimentação compensatória de tronco, propiciando o desenvolvimento de padrões motores mais próximos do normal no braço afetado. Através do uso de escalas de mensuração clínica, foram observados os benefícios da terapia de restrição de tronco em 11 sujeitos com seqüela de AVC que passaram por 20 sessões de treinamento (Artigo 2). Em um segundo estudo (Artigo 3), 20 sujeitos foram recrutados e divididos em dois grupos de treinamento (20 sessões): Grupo com Tronco Restrito (GTR - treinamento de alcance com o tronco restrito) e o Grupo com Tronco Livre (GTL - treinamento de alcance sem restrição de tronco, enfatizando o uso da orientação verbal). O objetivo foi verificar os benefícios a longo prazo do treinamento de alcance tarefa-específica associado à terapia de restrição de tronco, utilizando como instrumentos de medida as escalas clínicas (Escala Modificada de Ashworth, FM, IB e EEB) e a avaliação cinemática do movimento (deslocamento, velocidade, angulação). As avaliações foram divididas em três momentos: a primeira foi realizada na admissão (PRÉ); a segunda, no final do período total de treinamento (PÓS) e a terceira, três meses após o término do tratamento (RET). O treinamento tarefa-específica associado à terapia de restrição de tronco (GTR) mostrou-se eficaz a longo prazo para a melhora dos movimentos articulares ativos de ombro e cotovelo, além de propiciar melhora no planejamento interno do movimento. Em contrapartida, o uso contínuo da restrição provocou dependência aos pacientes e não foi eficaz na redução dos graus adicionais de liberdade (tronco) a longo prazo. Apesar do treinamento baseado em orientações verbais (GTL) ter sido mais eficaz na retenção do tronco, não houve melhora significativa nas amplitudes articulares voluntárias de membro superior. Acredita-se que os pacientes que passaram por este tipo de tratamento ficaram mais atentos ao recrutamento anormal de graus adicionais de liberdade e não exploraram de forma efetiva as combinações multiarticulares presentes membro superior

ASSUNTO(S)

reabilitação membros superiores rehabilitation kinematic cinematica upper limb

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