Estudo morfometrico dos compartimentos de varias regiões do ligamento periodontal de incisivos de ratos em condições de erupção alterada pelo desimpedimento e pela vimblastina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

As densidades volumétricas de compartimentos de várias regiões da face mesial do ligamento periodontal de incisivos inferiores de ratos foram analisadas nas condições de erupção impedida, desimpedida e sob ação da vimblastina. Nos vários compartimentos de cada região foi determinada também a densidade volumétrica de fibroblastos e matriz extracelular. Nove ratos Wistar machos tiveram seus incisivos inferiores esquerdos seccionados a cada dois dias e mantidos em erupção desimpedida, enquanto os contralaterais permaneceram em oclusão. No sétimo dia, a partir do início do corte dos incisivos, 6 animais receberam, por via intraperitoneal, uma dose única de vimblastina (2 mg/kg de peso corporal) e os restantes receberam volume equivalente de salina. Três animais tratados e os do grupo controle foram sacrificados por perfusão via intracardíaca, com solução de Karnovsky, 24 horas e os outros três, 72 horas após a injeção. Após desmineralização pelo EDTA, as hemimandíbulas foram divididas transversalmente em 5 segmentos; o segmento compreendido entre a porção mais incisal da crista alveolar e a face mesial do primeiro molar foi dividido ao meio, sendo a metade incisal denominada RI e a metade apical R2. Os outros três segmentos, denominados R3, R4 e R5 corresponderam respectivamente ao 1°, 2° e 3° molares inferiores. Os segmentos foram pós-fixados em tetróxido de ósmio 1% em tampão fosfato pH 7,3, desidratados com acetona, incluídos em araldite e cortes transversais de 1 `mu ´m de espessura foram corados com azul de metileno. Para a avaliação morfométrica foram usados 3 cortes não consecutivos de cada região. No aumento de 80X foram determinadas as densidades volumétricas do ligamento periodontal (`Vv IND. L´) da face mesial e de seus compartimentos: junto ao dente (`Vv IND. T´) e junto ao osso (`Vv IND. B´), este último subdividido em tecido conjuntivo (`Vv IND. C´) e vasos + nervos (`Vv IND. VN´). No aumento de 800X foram determinados os volumes relativos de fibroblastos (`Vv IND. F´) e de matriz extracelular (`Vv IND. ME´) em cada região subdividida nos compartimentos: junto ao dente (T), junto ao osso (B) e um intermediário entre ambos (M) desimpedidos, ou seja, a `Vv IND. C´ foi, em geral, maior nos dentes impedidos e menor nos dentes desimpedidos em animais tratados com vimblastina em relação aos respectivos controles. As densidades volumétricas de tibroblastos e matriz extracelular nos diversos No grupo controle impedido, `Vv IND. L´ , `Vv IND. T´ e `Vv IND. C´ aumentaram de apical para incisal enquanto `Vv IND. VN´ diminuiu na mesma direção. O desimpedimento promoveu, no geral, uma diminuição das `Vv IND. L´, `Vv IND. T´ , `Vv IND. VN´ e aumento da `Vv IND. C´. Não houve diferença marcante entre os dois tempos de tratamento pela vimblastina, que provocou um aumento de `Vv IND. L´ e `Vv IND. T´ nas regiões mais apicais em comparação com os respectivos controles. Em relação à porção de tecido conjuntivo do compartimento junto ao osso (`Vv IND. C´ ), a vimblastina provocou uma alteração inversa entre dentes impedidos e desimpedidos, ou seja, a `Vv IND. C´ foi, em geral, maior nos dentes impedidos e menor nos dentes desimpedidos em animais tratados com vimblastina em relação aos respectivos controles. Quanto à `Vv IND. VN´, sua tendência foi diminuir nos animais tratados, tanto nos dentes impedidos, quanto nos desimpedidos. As densidades volumétricas de tibroblastos e matriz extracelular nos diversos compartimentos e regiões do ligamento periodontal dos incisivos controles desimpedidos diferiram do que é referido na literatura e dos resultados obtidos com o mesmo material em microscopia eletrônica. Provavelmente, ao microscópio óptico, a densidade volumétnca da matriz extracelular foi superestimada, enquanto que a dos tibroblastos foi subestimada devido aos tinos prolongamentos citoplasmáticos destas células; só identiticáveis ao microscópio eletrônico. Como isto ocorreu com maior freqüência nos incisivos desimpedidos, é possível que o número de processsos tibroblásticos tenha aumentado no ligamento destes dentes. Esta hipótese só poderá ser avaliada num futuro trabalho, o que fez com que deixássemos, por ora, de considerar os dados de `Vv IND. F´ e `Vv IND. ME´

ASSUNTO(S)

periodontia fibroblasto microscopia otica

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