Efeitos da erupção alterada, por desimpedimento e pela vimblastina, nos fibroblastos de regiões e compartimentos do ligamento periodontal de incisivos de ratos, estudo morfometrico ultraestrutural

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

As densidades volumétricas (Vv) de estruturas da face mesial do ligamento periodontal (LPD) de incisivos inferiores de ratos foram analisadas em dentes em condições de erupção: impedida (CI), que serviu de controle, desimpedida (CD), cuja erupção é acelerada, e sob a ação da vimblastina (VI e VD), que retarda a erupção. Seis ratos machos tiveram seus incisivos inferiores esquerdos seccionados a cada dois dias e mantidos em erupção desimpedida, enquanto que os contralaterais erupcionaram em oc1usão com os superiores. No 72 dia, três animais foram injetados, intraperitonealmente, com uma dose única de vimblastina (2 mg/Kg de peso) e os três restantes receberam volume equivalente de salina. Os animais, foram perfundidos, por via intracardíaca, com solução de Karnovsky e as hemimandíbulas dissecadas e imersas no mesmo fixador por mais 3 horas. As hemimandíbulas, após descalcificação em EDT A, foram divididas em cinco regiões transversais~ a porção entre a crista alveolar do ,incisivo e a face mesial do primeiro molar foi dividida em dois segmentos de igual extensão (RI e R2)~ os três segmentos restantes foram relacionados a cada um dos molares (R3, R4 e R5). O material foi pós-fixado em tetróxido de ósmio e processado para microscopia eletrônica de transmissão e cortes ultrafinos, no sentido transversal, foram obtidos de cada região. Para avaliação morfométrica foram usadas três eletronmicrografias no aumento final de 6. OOOx e três no aumento final de 47.730x, dos compartimentos junto ao dente, junto ao osso alveolar e um intermediário entre os dois, de cada região do LPD. No aumento de 6.000x, utilizando-se um retículo de 100 pontos, foram determinadas as V v de fibroblastos (V vf) e da matriz extracelular (Vvme). No aumento de 47.730 x, utilizando-se um retículo de 400 pontos, as Vv em relação a Vvf de: mitocôndrias, Golgi, lisosomas, retículo endoplasmático granular, microtúbulos, junções celulares e vesículas de colágeno. Nos animais controle com erupção impedida (CI), a Vvf e Vvme não se alteraram ao longo do dente, com exceção do compartimento intermediário, onde, em R2 e R3, Vvf foi maior e a Vvme menor que nas demais regiões. O desimpedimento aumentou a Vvf e diminuiu a Vvme , ificativamente, nos compartimentos intermediário e junto ao osso das regiões 4 e 5 (e.g., no compartimento intermediário da R4, a Vvf de CI foi de 0,322 e de CD, 0,532; a Vvme de CI foi 0,678 e de CD, 0,468). A vimblastina provocou algumas diferenças opostas entre dentes impedidos e desimpedidos em relação aos controles. Onde, por exemplo, a Vv aumentou nos primeiros, diminuiu nos últimos (e.g., no compartimento junto ao dente da RI, a Vvme em CI foi 0,623 e em VI, 0,718, enquanto que, em CD foi 0,746 e em VD, 0,440). Entre as estruturas citoplasmáticas, a alteração mais marcante foi a relacionada aos microtúbulos, cuja Vv aumentou nos dentes desimpedidos, principalmente, nos compartimentos junto ao dente e junto ao osso da R 1 e R2 e diminuiu, de modo generalizado, nos dois grupos (impedidos e desimpedidos) tratados com vimblastina (e.g., no compartimento junto ao dente da RI, a Vvmt de CI foi 0,0014 e em CD, 0,0073; e em VI foi 0,00 e em VD, 0,0018. Estes resultados parecem indicar que o ligamento periodontal do incisivo de rato não se comporta por igual em relação a fatores que alteram o processo de erupção, tanto nos compartimentos como nas regiões em que foi dividido

ASSUNTO(S)

periodontia fibroblastos microscopia eletronica

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