Estudo morfobiológico, ultraestrutural e histopatológico de amostras silvestres isoladas de Triatoma vitticeps (Stal, 1859) no Estado do Rio de Janeiro / Morphobiological, ultrastructural and histopathological study in sylvatic strains isolated from Triatoma vitticeps (Stal, 1859) in sylvatic strains isolated from Triatoma vitticeps (Stal, 1859) in the State of Rio de Janeiro.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Triatoma vitticeps, espécie de hábito silvestre com distribuição geográfica restrita aos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Em Minas Gerais e Espírito Santo vêm invadindo o domicílio, e às vezes é encontrado domiciliado freqüentemente com taxas altas de infecção por Trypanosoma cruzi. O alvo deste estudo é avaliar a diversidade de parasitas em três áreas (duas no município de Santa Maria Madalena e uma em Conceição de Macabu) por parâmetros morfobiológico, biométrico, ultraestrutural e histopatológico. Sete isolados identificados como T. cruzi, foram mantidos em NNN+LIT+20% de soro fetal bovino. Estudos morfométricos e de diferenciação celular foram baseados nas formas epimastigotas e tripomastigotas obtidas nas curvas de crescimento no 4, 7, 10, 13, 17 e 20 dias para as amostras SMM32, SMM53, SMM81, SMM98, SMM100 da área A, SMM36 da área B, e SMM1da área F e extendidos do 23, 27, 30, 33, 37 e 40 para as amostras SMM36 e SMM98. O crescimento máximo foi observado no 4 dia para SMM100 (45.000 células/μl); no 7 dia para SMM53 (52.750 células/μl); no 10 dia para SMM 1 (21.000 células/μl) e SMM32 (33.125 células/μl); no 13 dia para SMM81 (46.000 células/μl l) e no 20 dia para a amostra SMM36 (54.375 células/μl). A amostra SMM32 e SMM100 apresentaram crescimento depois de um leve declínio. A taxa de metaciclogênese era menor que 30% nos isolados SMM32, SMM53, SMM100 e SMM1 e mais alto que 80% em SMM81 e SMM98. Com o aumento de dias de avaliação da curva de crescimento, a amostra SMM36 apresentou crescimento máximo no 33 dia (90.125 células/μl) declínando ao final (40 dia). Estes resultados demonstram uma diversidade no comportamento destes isolados. A morfometria foi baseada nas formas epimastigotes e tripomastigotas encontradas no 10, 17 e 20 dias da curva de crescimento, também sugere a heterogeneidade destes isolados. Embora a maioria dos dados sobre a ultraestrutura de T. cruzi tenham sido obtidos de formas epimastigotas mantidas em meio de cultura, o estudo realizado nas formas isoladas de triatomíneos mostrou as mesmas estruturas típicas presentes tais como cinetoplasto, microtúbulos subpeliculares, bolsa flagelar e axonema. A amostra SMM36 produziu uma alta mortalidade em camundongos inoculados com tripomastigotas. Os resultados histopatológicos com 10 e 60 dias após infecção mostram um intenso tropismo para músculo cardíaco e intenso infiltrado mononuclear. Estes resultados evidenciam a diversidade de parasitos que infectam espécimes de T. vitticeps, enfatizando o hábito silvestre desta espécie e a complexidade epidemiológica da região estudada.

ASSUNTO(S)

morphobiology parasitologia morfobiologia trypanosoma cruzi histopatologia histopathology

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