Estudo de bioequivalencia entre duas formas farmaceuticas (comprimidos) contendo 40mg de Pantoprazol em voluntarios sadios de ambos os sexos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este estudo teve por objetivo avaliar a bioequivalência entre duas formulações farmacêuticas contendo a substância ativa pantoprazol, em termos de velocidade (Cmax) e extensão de absorção (ASC0-t) do ativo no organismo. O medicamento teste foi o Pantoprazol comprimido de 40 mg da Medley S.A. Indústria Farmacêutica e o medicamento de referência foi o Pantozol® comprimido de 40 mg, produzido pela BYK Química e Farmacêutica Ltda. O estudo de bioequivalência foi do tipo aberto, aleatório, cruzado, dois períodos e duas seqüências, em 26 voluntários sadios de ambos os sexos (balanceado), dose única (40 mg) e em jejum. O intervalo entre as internações foi de 2 dias. As amostras de sangue foram coletadas nos tempos 0; 0,5; 1; 1,25; 1,5; 1,75; 2; 2,5; 3; 4; 4,5; 5; 6; 8 e 12h. As amostras coletadas, foram imediatamente centrifugadas, e os plasmas foram separados e armazenados a - 70 ºC, para posterior quantificação. Não houve desistência ou retirada de voluntários. As concentrações plasmáticas totais de pantoprazol foram determinadas por um método devidamente validado, utilizando cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a um detector U. V. (CLAE/U.V.) O limite de quantificação do método foi de 25 ng/ml, com variação média de 7,64% (n=15) e exatidão de 104,1% (n=15). O tempo total da corrida cromatográfica foi de 9 min. e os tempos de retenção dos analitos foram próximos de 6,5 a 8,5 min. A faixa de linearidade validada foi de 25,00 - 8000 ng/ml. A recuperação média do método de extração para o pantoprazol (n=5) foi de 48,98 ± 8,98%, 56,22 ± 1,37% e 58,93 ± 6,44 % (75; 3000 e 6000 ng/ml, respectivamente), e para o padrão interno carbamazepina (n=5) foi de 67,90 ± 3,46% (10 µg/ml). Após transformação logarítmica das concentrações plasmáticas encontradas experimentalmente, foram obtidos os parâmetros farmacocinéticos utilizados no cálculo de bioequivalência: Cmax (concentração plasmática máxima) e ASC0-t (área sob a curva de zero ao último tempo de coleta). Foi feita a análise de variância (ANOVA) para avaliar os efeitos de período, seqüência, tratamento e voluntário dentro da seqüência para os valores de Cmax e ASC0-t. A ANOVA não demonstrou efeitos significativos (p>0,05) entre as duas formulações para os parâmetros Cmax, ASC0-t e tmax. O intervalo de confiança com os limites extremos de aceitação da bioequivalência baseou-se em dois testes t unicaudais, com nível de significância de 5 %, utilizando o quadrado médio residual da ANOVA. Todos os voluntários foram considerados no cálculo. A média geométrica e o intervalo de confiança de 90 % para as razões das médias geométricas entre o medicamento teste e medicamento referência, para os parâmetros ASC 0-t e Cmax, foram de 100,97% (90,58 - 112,56) e 94,31% (84,17 - 105,68%), respectivamente. Uma vez que os resultados obtidos no estudo estão compreendidos no intervalo de confiança aceito pela ANVISA (80 a 125%), conclui-se que as duas formulações em estudo são bioequivalentes, em termos de velocidade e extensão de absorção do ativo no organismo

ASSUNTO(S)

biodisponibilidade farmacocinetica pantoprazol

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