Estudo da mutação PRO115GLN do gene PPAR[gama]2 e do polimorfismo G972R do gene IRS1 numa amostra populacional de individuos eutroficos e obesos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A obesidade é uma doença considerada como uma epidemia mundial. Apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade associadas a várias causas diretas, como hipertrofia cardíaca, arritmias e aumento do débito cardíaco, além de estar intimamente associada à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus. É vista como uma doença poligênica e multifatorial, e um número crescente de mutações e polimorfismos gênicos populacionais vem sendo a ela associados. o gene do Receptor Ativado Proliferador de Peroxisomo Gama (PP ARy), um fator de transcrição implicado na diferenciação do adipócito e no metabolismo de lipídeos e glicose, está claramente envolvido na regulação do metabolismo do tecido adiposo em seres humanos. Ristow et ai descreveram uma mutação Pro115Gln no PPARy2 restrita a indivíduos com obesidade mórbida e que aceleraria a diferenciação do adipócito, podendo ser, portanto, um fator causal da obesidade. Também se sabe que a resistência à insulina induzi da pela deficiência do receptor de insulina de tipo 1 (IRS-l) conduz a um aumento da pressão arterial e dos níveis plasmáticos de triglicérides. Um polimorfismo no gene do IRS-l, com substituição de glicina (GGG) por arginina (AGG) no códon 972, foi implicado na resistência à insulina. o objetivo deste trabalho foi avaliar a relação da obesidade e dos distúrbios metabólicos a ela relacionados com mutações e/ou polimorfismos para os genes IRS-l e PPARy2. Para tanto, estudamos 67 indivíduos eutróficos, 37 obesos moderados e 27 obesos mórbidos, totalizando 40 homens e 91 mulheres, de 18 a 67 anos ( 29,2 :t 1,7 anos de idade para o sexo masculino e 32,9 :!: 1,2 anos de idade para o sexo feminino). Foram analisados Parâmetros antropométricos, hemodinâmicos, bioquímicos, bioimpedanciometria (BIA), calorimetria indireta e o índice HOMA-IR para avaliação de resistência insulínica. O estudo genético foi realizado através da pesquisa de mutações em DNA extraído de sangue periférico de todos os casos, usando-se PCR-restrição enzimática. Os indivíduos obesos possuíam maiores níveis de pressão arterial diastólica e sistólica (p

ASSUNTO(S)

resistencia a insulina obesidade genes

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