Estudo da metalotioneÃna, Ãxido nÃtrico sintase II e Ãxido nÃtrico em neoplasia cutÃneas associadas a radiaÃÃo actÃnica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

RESUMO - capÃtulo I O carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular cutÃneo (CEC) sÃo os cÃnceres de pele mais freqÃentes na populaÃÃo brasileira. TÃm sua patogenia vinculada aos efeitos genotÃxicos e mutagÃnicos da exposiÃÃo à radiaÃÃo actÃnica, em especial aos raios ultravioletas na faixa 290 a 320 nm de comprimento de onda. As metalotioneÃnas (MT) sÃo proteÃnas de baixo peso molecular com alta afinidade para metais pesados, cuja funÃÃo intra celular està associada a detoxificaÃÃo de metais pesados e radicais livres. Sua aÃÃo protetora à agressÃo actÃnica tem sido mostrada recentemente em modelos experimentais. Por outro lado, sua sobreexpressÃo em diferentes tipos de tumores tem sido associada a maior agressividade e pior prognÃstico. A proposta deste estudo foi avaliar a expressÃo de MT em neoplasias cutÃneas associadas à irradiaÃÃo actÃnica. Foram utilizados para este fim 18 casos de CBC, cinco casos de CEC e seis fragmentos de pele normal nÃo agredida. Para esta anÃlise, empregamos a tÃcnica da streptavidina-biotina-peroxidase e o anticorpo primÃrio anti-MT. Os resultados obtidos mostraram que na pele normal, a marcaÃÃo foi situada na camada basal do epitÃlio. Esta marcaÃÃo estendeu-se a camadas suprabasais nos epitÃlios das peles normais agredidas pela luz solar, prÃximas ao tumor. Seis casos de CBC (33%) foram negativos, enquanto que todos os casos de CEC foram imunoreativos para MT. Apenas um caso de CEC (20%) apresentou fraca expressÃo, comparados a 8 casos de CBC (44%). No entanto, 80% dos casos de CEC (4/5) apresentaram forte marcaÃÃo, contrapondo-se a 22% de CBC com o mesmo padrÃo de marcaÃÃo (4/18). A mÃdia de ID para o CBC foi de 0,69 +- 0,48 enquanto que para o CEC foi de 1,55 +- 0,77. Os resultados mostram que a expressÃo de MT à mais significativamente associada ao CEC, sugerindo uma associaÃÃo mais estreita com a agressividade tumoral. RESUMO- capÃtulo II O carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC), sÃo os tipos mais comuns de cÃncer de pele. SÃo tumores invasivos e tÃm sua patogenia relacionada à radiaÃÃo actÃnica. A enzima Ãxido nÃtrico sintase induzida (iNOS) à a uma proteÃna responsÃvel pela produÃÃo de Ãxido nÃtrico (NO), cuja induÃÃo pode estar relacionada à exposiÃÃo solar. Sua expressÃo e conseqÃente produÃÃo de NO sugerem um papel na carcinogÃnese e progressÃo tumoral. Nosso trabalho utilizou 18 casos de CBC sÃlido, sete casos de CEC, e seis casos de pele normal (PN) para estudo da iNOS; e para o estudo da produÃÃo de NO foram utilizados 16 casos de CBC sÃlido, seis casos de CEC, e seis fragmentos de PN, nÃo expostas à radiaÃÃo solar. Avaliou-se a expressÃo da iNOS por tÃcnica de Western Blot, e dosou-se o NO pelos resÃduos de nitrito e nitrato, obtidos pela reaÃÃo de Greiss. Os resultados foram analisados estatisticamente segundo as mÃdias dos valores obtidos por meio do teste t de Student, com intervalo de confianÃa de 95%. Encontramos a expressÃo de iNOS, significativamente menor em CBC sÃlido quando comparado a expressÃo encontrada a PN (p = 0,029). Para o CEC observamos resultado inverso, sendo a expressÃo de iNOS significativamente maior no tumor que na PN (p = 0,025). Quando comparamos CBC e CEC tambÃm observamos um superexpressÃo da iNOS em CEC (p = 0,0001). Quanto à produÃÃo de NO, os valores encontrados nÃo apresentaram diferenÃas significativas entre os tumores estudados. Esses dados nos levam a pensar que a superexpressÃo da iNOS estaria relacionada a tumores de pele mais agressivos. Possivelmente, os valores de NO nestas lesÃes nÃo parecem estar vinculados a atividade de iNOS. RESUMO - capÃtulo III A metalotioneÃna à uma proteÃna de 6 a 7 kD de peso molecular que tem alta afinidade para metais pesados, em especial o zinco. Ela atua como reservatÃrio natural deste metal, e tem sido relacionada a mecanismos protetores da cÃlula a agressÃo por radicais livres. EvidÃncias recentes imputam a MT um papel protetor a agressÃo actÃnica. O Ãxido nÃtrico (NO), importante metabÃlito celular, tem sido identificado em modelos de agressÃo actÃnica. Desconhece-se se sua presenÃa atua de forma protetora, sinalizando um stress oxidativo pela maior geraÃÃo de radicais livres ou se sua presenÃa atua lesando o DNA, produzindo efeito diretamente na carcinogÃnese. Um mecanismo hipotÃtico defende que o NO pode estar vinculado à induÃÃo de MT, que age como protetor à medida que sua aÃÃo quelante de metais estimularia a ativaÃÃo gÃnica de MT pela maior concentraÃÃo de Zn intra-celular. Outro mecanismo que unificaria a aÃÃo de MT e NO seria na apoptose. Neste estudo, procuramos identificar em neoplasias associadas a agressÃo actÃnica uma correlaÃÃo entre MT e NO e a enzima Ãxido nÃtrico sintase induzida (iNOS). A expressÃo de MT foi avaliada imunohistoquimicamente por meio da tecnica streptavidina-biotina-peroxidase, sendo expressa em Ãndices de distribuiÃÃo de marcaÃÃo, ou seja, um Ãndice que refletiu o percentual de marcaÃÃo tumoral associado a intensidade desta marcaÃÃo. A concentraÃÃo de NO tumoral foi mensurado indiretamente pela concentraÃÃo de nitrito e nitrato por meio da tÃcnica de GREISS, sendo os valores expressos em ÂMoles. A mensuraÃÃo de iNOS tumoral foi realizada pela tÃcnica de Western-blott, revelados pela tÃcnica da quimioluminescÃncia com os valores expressos em Ãndices de densidade Ãptica (IOD). A anÃlise de correlaÃÃo foi feita a partir do teste de Spearman. Nossos resultados mostraram ausÃncia de correlaÃÃo entre as variÃveis estudadas. Estes achados sugerem que o papel da MT, da iNOS e do NO na carcinogÃnese actÃnica pode ser de forma nÃo dependente.

ASSUNTO(S)

carcinoma basocelular (cbc) cÃncer carcinoma espinocelular cutÃneo (cec) Ãxido nÃtrico genetica metalotioneÃnas (mt)

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