Estudo da geraÃÃo, percolaÃÃo e emissÃo de gases no aterro de resÃduos solidos da Muribeca/PE
AUTOR(ES)
Felipe Jucà Maciel
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
A emissÃo incontrolada de gases em aterros de resÃduos urbanos localizados prÃximos a zonas urbanas à um grave problema sÃcio-ambiental bastante comum nas grandes cidades brasileiras. Diversos impactos ambientais a nÃveis local e global podem ser gerados a partir da contaminaÃÃo do ar atmosfÃrico. Localmente, a populaÃÃo circunvizinha ao aterro à a mais prejudicada em virtude da constante convivÃncia com odores desagradÃveis, gases inflamÃveis e atà componentes tÃxicos presentes no biogÃs. A nÃvel global, o lanÃamento do biogÃs na atmosfera à uma das formas antrÃpicas de contribuiÃÃo ao efeito estufa. A principal forma de evitar a passagem aleatÃria do biogÃs para a atmosfera à constituindo um adequado sistema de cobertura dos resÃduos. O principal objetivo desta pesquisa foi o desenvolvimento de tÃcnicas de laboratÃrio e campo para contemplar o estudo da geraÃÃo, percolaÃÃo e emissÃo dos gases na camada de cobertura da CÃlula n 8 do Aterro da Muribeca/PE. Esta cobertura à constituÃda por uma camada heterogÃnea de solo argiloso compactado que se encontra nÃo saturada durante a maior parte do tempo. A investigaÃÃo laboratorial foi concentrada na realizaÃÃo de diversos ensaios de permeabilidade do solo ao ar por meio de um permeÃmetro de parede flexÃvel. Constatou-se que a permeabilidade do solo ao ar varia em funÃÃo de diferentes parÃmetros do solo, entre os quais: teor de umidade, densidade, estrutura e grau de saturaÃÃo. Os resultados de permeabilidade encontrados neste estudo permitiram afirmar que uma significativa reduÃÃo no lanÃamento de poluentes poderia ser obtida caso a cobertura da CÃlula n 8 fosse compactada em torno da umidade Ãtima do solo e mantida por mais tempo com elevados graus de saturaÃÃo. Com relaÃÃo à investigaÃÃo de campo, desenvolveu-se um novo ensaio da placa de fluxo para mediÃÃo direta do fluxo de gases na cobertura. A estimativa de emissÃo de gases realizada com base nos seis ensaios da placa de fluxo foi da ordem de 540 kg de CH4 por dia. Apesar da inexistÃncia da drenagem dos gases ter sido um fator negativo para a liberaÃÃo de gases nesta CÃlula, este fato possibilitou a previsÃo das taxas de geraÃÃo do biogÃs. O monitoramento da concentraÃÃo e pressÃo dos gases tambÃm foi objeto de estudo. Nesta anÃlise, verificou-se que os resÃduos depositados nesta CÃlula encontram-se na fase metanogÃnica da decomposiÃÃo com elevada presenÃa dos gases CH4 e CO2 e que as pressÃes existentes na base da camada de cobertura foram baixÃssimas em quase toda CÃlula
ASSUNTO(S)
percolaÃÃo engenharia civil gases aterro
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