Estudo da cura de prÃ-impregnado de resina epoxÃdica/fibra de carbono por meio das tÃcnicas DSC e DMTA.
AUTOR(ES)
Ferrari, Vanesa Claudia Gisela Mitchell
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Os compÃsitos polimÃricos de resina epÃxi sÃo escolhidos preferencialmente para fins aeronÃuticos e espaciais devido à relaÃÃo entre custo e suas propriedades tÃrmicas e mecÃnicas, sendo de vital importÃncia conhecer e monitorar o ciclo de cura e correlacionar estas informaÃÃes com as propriedades mecÃnicas e microestruturais finais para a otimizaÃÃo do processamento. As tÃcnicas DSC e TG medem diretamente a extensÃo e a razÃo de conversÃo durante a cura somente atà a ocorrÃncia da gelificaÃÃo, de forma que eventos relacionados Ãs alteraÃÃes reolÃgicas durante a cura, como a gelificaÃÃo e a vitrificaÃÃo, nÃo sÃo observados por estas tÃcnicas. A gelificaÃÃo resulta da transiÃÃo estrutural de uma molÃcula linear e ramificada para uma estrutura macromolecular tridimensional, ou seja, uma transformaÃÃo rÃpida e irreversÃvel de um lÃquido viscoso para um gel elÃstico, determinada pelo aparecimento de uma cadeia infinita. A vitrificaÃÃo envolve a passagem de um estado lÃquido ou "borrachoso" para um estado vitrificado, como conseqÃÃncia do aumento da massa molecular antes da gelificaÃÃo e da densidade de ligaÃÃes cruzadas depois da gelificaÃÃo, interrompendo as reaÃÃes de cura. A tÃcnica DMTA à sensÃvel Ãs grandes mudanÃas que ocorrem na rigidez, permitindo acompanhar a cura desde a gelificaÃÃo atà o final da reaÃÃo, incluindo a vitrificaÃÃo e posteriormente o comportamento do material curado. No presente trabalho estudou-se a influÃncia das temperaturas de cura na gelificaÃÃo e vitrificaÃÃo do material e, conseqÃentemente, nas temperaturas de transiÃÃo vÃtrea, por meio das tÃcnicas DSC e DMTA. Foram utilizados os prÃ-impregnados de fibra de carbono nas resinas epoxi F155 e F584 da Hexcel Composites. As anÃlises foram realizadas nos equipamentos TGA-951 e DMA-983-TA Instruments. A anÃlise TG permitiu calcular o teor de resina existente no compÃsito, o qual foi usado para corrigir os dados no DSC. A anÃlise DSC, no modo dinÃmico, forneceu o calor da reaÃÃo, o efeito da razÃo de aquecimento sobre a cura e a Tg do material curado e, no modo isotÃrmico, o tempo e o estado de cura em vÃrias temperaturas. Por meio da anÃlise DMTA acompanhou-se o processo de gelificaÃÃo pelo aumento do EÂ, enquanto que na curva tand, puderam ser identificados os picos de gelificaÃÃo e vitrificaÃÃo. A Tg do material curado no modo isotÃrmico aumenta com a temperatura de cura (Tc) atà um valor limite. Com a aproximaÃÃo Tc se aproximando da Tg do material curado, observou-se uma tendÃncia de diminuiÃÃo do pico de vitrificaÃÃo. Posteriormente, foram calculados os parÃmetros cinÃticos como a energia de ativaÃÃo, ordem de reaÃÃo e fator prÃ-exponencial por meio das tÃcnicas AnÃlise TÃrmica DinÃmico-MecÃnica (DMTA) e Calorimetria ExploratÃria Diferencial (DSC), em condiÃÃes nÃo-isotÃrmicas e isotÃrmicas por meio do estudo dos mÃtodos desenvolvidos por Ozawa (deslocamento da temperatura do mÃximo do pico) e Ozawa/Vyazovkin (isoconversional livre de modelo).
ASSUNTO(S)
compÃsitos de matrizes polimÃricas fibras de carbono resinas epÃxicas anÃlise tÃrmica ensaios de materiais medidas de calor agentes de cura (materiais)
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=764Documentos Relacionados
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