Estudo da associação de polimorfismos genéticos da sintase induzida do óxido nítrico (inos) com migrânea = : Inducible nitric oxide synthase haplotype associated with migraine and aura / Inducible nitric oxide synthase haplotype associated with migraine and aura
AUTOR(ES)
Thiago de Oliveira Santos Mansur
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/08/2012
RESUMO
A migrânea é uma cefaléia primária episódica com incidência mundial de 10% e alto impacto socioeconômico, afetando predominantemente as mulheres. Em 30% dos casos, as crises de migrânea são acompanhadas por sintomas neurológicos focais que caracterizam o fenômeno da aura. A fisiopatologia da migrânea continua sob investigação. Todavia, acredita-se tratar de um distúrbio neurovascular no qual a ativação de fibras aferentes do sistema trigeminovascular (TGVS) e a consequente liberação de óxido nítrico (NO) levariam à vasodilatação e neurotransmissão da dor durante a crise de migrânea. A formação de NO é atribuída à atividade de três isoformas de NO sintases (NOS): endotelial, neuronal e induzível, respectivamente eNOS, nNOS e iNOS e os genes que codificam tais enzimas exibem polimorfismos. Dessa forma, acredita-se que tais polimorfismos poderiam estar envolvidos na susceptibilidade à migrânea. No presente trabalho foi testada a hipótese de que dois polimorfismos clinicamente importantes no gene da iNOS: C-1026A (rs2779249) e G2087A (rs2297518) bem como a combinação de seus alelos em haplótipos estariam associados com a susceptibilidade à migrânea com e sem aura. Para tanto, foram estudadas 142 mulheres saudáveis (grupo controle) e 200 mulheres com migrânea, subdivididas em dois grupos: 148 pacientes com migrânea sem aura e 52 pacientes com migrânea com aura. Os genótipos e alelos foram determinados por PCR em tempo real utilizando o ensaio Taqman®. Os haplótipos foram inferidos através do programa PHASE versão 2.1. Os principais resultados do presente estudo indicam que o haplótipo H4, que combina o alelo A para os polimorfismos mencionados, pode estar associado à migrânea com aura enquanto o polimorfismo G2087A e o haplótipo H4 podem afetar a suscetibilidade à aura em pacientes com migrânea. Tais achados podem ter implicações terapêuticas ao se analisar os efeitos de possíveis inibidores seletivos da iNOS na população com esse perfil genotípico.
ASSUNTO(S)
cefaléia Óxido nítrico polimorfismo de nucleotídeo único headache nitric oxide polymorphism single nucleotide
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000874846Documentos Relacionados
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