Estudo da acurácia do "Osterisk": uma nova ferramenta clínica para o rastreamento da osteoporose em mulheres acima de 50 anos
AUTOR(ES)
Steiner, Marcelo Luis, Fernandes, César Eduardo, Strufaldi, Rodolfo, Azevedo, Lucia Helena de, Stephan, Cristina, Pompei, Luciano Melo, Peixoto, Sérgio
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-01
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: Osteoporose é a principal causa de redução de qualidade de vida, morbidade e mortalidade entre as mulheres no climatério, com aumento na incidência conforme o envelhecimento da população. Ferramentas clínicas como Ostorisk fornecem uma alternativa de acesso fácil e de baixo custo que ajudam o clínico a melhorar a eficácia da solicitação da densitometria óssea, exame padrão ouro, porém caro para o diagnóstico de osteoporose. O objetivo deste artigo foi estudar a acurácia do Ostorisk tendo a ultrassonometria de calcâneo como método de avaliação da densidade mineral óssea. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, na Faculdade de Medicina do ABC. MÉTODO: Um questionário estruturado foi aplicado em 615 mulheres menopausadas, com medidas antropométricas, cálculo do Osteorisk e realização de ultrassonometria quantitativa do calcâneo com o aparelho Sonost 2000. RESULTADOS: 461 mulheres foram incluídas, com uma idade média de 60 ± 9 anos, peso de 67,6 ± 12,9 kg e índice de massa corpórea (IMC) 28,8 ± 5.0 kg/ m². A classificação do Osteorisk para o grupo estudado foi: 61,0% baixo risco, 28,4% médio risco, e 10,6% alto risco. A ultrassonometria de calcâneo mostrou 81,3 % baixo risco, 10,0% médio risco e 8,7% alto risco para osteoporose. Os resultados estatisticamente significantes foram observados (p < 0,001) quando o Osteorisk foi correlacionado com idade, anos de menopausa e índice de massa corpórea (IMC). Correlacionando essas mesmas variedades com a ultra-sonometria, resultados estatisticamente significantes foram observados para idade (p < 0,001), anos de menopausa (p < 0,001) e IMC (p < 0,006). A sensibilidade, especificidade, o valor preditivo negativo e o valor preditivo positivo para o Osteorisk foram 64%, 6,7%, 89% e 30,6%, respectivamente. CONCLUSÃO: Osteorisk é uma ferramenta válida para o rastreamento de mulheres com baixo risco para desenvolver osteoporose, permitindo que estas não precisem ser submetidas à densitometria óssea.
ASSUNTO(S)
osteoporose densidade mineral óssea peneiramento ultra-sonografia fatores de risco
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