Estudo da ação antibacteriana do extrato hidroalcoólico de própolis vermelha sobre Enterococcus faecalis
AUTOR(ES)
Siqueira, Anderson Lessa, Dantas, Camila Gomes, Gomes, Margarete Zanardo, Padilha, Franane Ferreira, Albuquerque Junior, Ricardo Luiz Cavalcanti de, Cardoso, Juliana Cordeiro
FONTE
Rev. odontol. UNESP
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Introdução: A própolis é uma substância resinosa e complexa; produzida pelas abelhas, destaca-se por suas propriedades terapêuticas, como atividade antimicrobiana, anti-inflamatória e cicatrizante. Poucos trabalhos existem sobre a variedade de própolis vermelha, encontrada no Estado de Sergipe. Objetivo: Avaliar a ação antimicrobiana do extrato de própolis vermelha, coletada na região nordeste do Estado de Sergipe, contra cepas de Enterococcus faecalis. Material e método: As amostras de própolis vermelha foram coletadas em Brejo Grande-SE, Brasil, e identificadas segundo suas características sensoriais, a granulometria e requisitos físico-químicos. O teor de flavonoides no extrato seco foi determinado. Soluções de própolis vermelha (EEP) foram preparadas nas concentrações de 1%; 2,5%; 5% e 7,5%. A cepa bacteriana de referência utilizada foi Enterococcus faecalis – ATCC 29212. A atividade antibacteriana foi verificada por meio de testes in vitro (teste de difusão em disco e determinação da concentração bactericida mínima – CBM) e ex vivo (utilizando dentes humanos extraídos). No teste ex vivo, os dentes contaminados foram divididos em três grupos com dez dentes cada. O grupo 1 foi tratado com própolis a 7,5% (concentração determinada no teste CBM); o grupo 2 foi tratado como controle positivo, com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, e o grupo 3 foi utilizado como controle negativo, sendo tratado apenas com solução salina NaCl 0,9%. Resultado: O extrato de própolis promoveu halo de inibição comparado ao da solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, variando entre 12 e 16 mm. Não houve crescimento bacteriano após irrigação do conduto radicular com a solução de EEP a 7,5%. Conclusão: A própolis coletada apresentou médio teor de flavonoides (1,8%) e características físico-químicas coerentes com as exigidas pelo Ministério da Agricultura. Na concentração de 7,5% de própolis vermelha, foi observado um maior potencial antibacteriano quando comparado aos demais grupos.
ASSUNTO(S)
própolis baetérias enterococcus faecalis
Documentos Relacionados
- Atividade antibacteriana da própolis de Apis mellifera sobre Enterococcus faecalis : estudo in vitro e ex vivo
- Atividade antibacteriana do extrato hidroalcoólico de Punica granatum Linn. sobre Staphylococcus spp. isolados de leite bovino
- Composição fenólica, atividade antibacteriana e antioxidante da própolis vermelha brasileira
- Estudo in vitro da ação antimicrobiana de extratos de plantas contra Enterococcus faecalis
- Potencialização da ação do hidróxido de cálcio pelo inibidor da bomba de prótons omeprazol sobre o enterococcus faecalis