Estudo comparativo na utilização de ropivacaína 0,25% e bupivacaína 0,25% sem vasoconstrictor no bloqueio de plexo braquial em cães (Canis familiares, Linnaeus, 1758) da raça beagle / Comparative study in the use of ropivacaine 0,25% and bupivacaine 0,25% without vasoconstrictor in the brachial plexus block in dogs (Canis familiares, Linnaeus, 1758) of beagle breed.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Foram submetidos ao bloqueio de plexo braquial (BPB) com auxílio do estimulador de nervos periféricos (ENP), 13 cães (canis familiares) da raça beagle utilizando os fármacos bupivacaína e ropivacaína a 0,25% na dose de 4mg/kg. Os animais foram testados com ambos os fármacos isoladamente em períodos experimentais distintos com intervalo de no mínimo sete dias entre os testes. Durante a experimentação, no apêndice torácico direito foi realizado o BPB com o fármaco a ser testado e como grupo controle utilizou-se o BPB no apêndice torácico esquerdo com solução fisiológica (NaCl 0,9%) no volume correspondente ao volume utilizado do fármaco no apêndice torácico direito. A técnica utilizada no bloqueio consistiu na introdução da agulha do ENP na região do vazio torácico em direção a articulação costocondral da primeira costela, em busca do nervo radial que responde a sua estimulação com extensão da articulação úmero-radio-ulnar e extensão dos carpos, onde foi infiltrada a metade do volume anestésico calculado e posteriormente foi realizada a busca pelo nervo mediano que responde a sua estimulação com flexão das articulações úmero-radio-ulnar, onde foi infiltrado o restante do volume anestésico. Foram avaliados os tempos de latência sensitiva e motora e tempos totais de bloqueio motor e bloqueio sensitivo através de pinçamentos nos apêndices testados sempre em comparação com o apêndice controle. De acordo com os resultados obtidos, o fármaco que possui significativo menor tempo de latência motora é a bupivacaína, sendo os tempos de latência sensitiva entre as duas drogas sem diferenças estatísticas. Nos tempos totais de bloqueio motor e sensitivo a bupivacaína obteve tempos significativamente maiores. Houve cinco casos de síndrome de horner após o BPB, sendo quatro no grupo bupivacaína, e houve dois casos de absorção maciça de anestésico local com sintomas clínicos de intoxicação no grupo bupivacaína. A ropivacaína apesar de oferecer menor tempo de bloqueio total, obteve maior confiabilidade e segurança na sua utilização sendo o anestésico local de escolha para o BPB em cães com instabilidade cardíaca e/ou hemodinâmica.

ASSUNTO(S)

plexo braquial brachial plexus ropivacaína anestesia medicina veterinaria ropivacaine dogs. cães bupivacaine bupivacaína analgesia anaesthesia

Documentos Relacionados