Estudo comparativo entre dois meios de distensão durante a histeroscopia diagnóstica em mulheres após a menopausa = : Comparative study between two distension media during diagnostic hysteroscopy in postmenopausal women / Comparative study between two distension media during diagnostic hysteroscopy in postmenopausal women : Valter Fausto dos Santos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/08/2012

RESUMO

Introdução: Atualmente, a histeroscopia é o procedimento padrão ouro para descrever a morfologia da cavidade uterina e a presença de lesões. Para a realização do procedimento é necessária a distensão da cavidade uterina. A distensão pode causar desconforto, dor e às vezes desistência do procedimento. Hoje em dia, duas técnicas de distensão têm sido utilizadas para a histeroscopia diagnóstica: com gás carbônico ou com coluna líquida (solução salina). Objetivos: Comparar a dor da paciente e a opinião do operador em relação à qualidade da imagem durante o procedimento, assim como a taxa de complicações do exame, relacionando-os com o tempo de duração do mesmo e características clínicas dessas mulheres, utilizando-se o gás carbônico (C02) ou solução salina como distensores da cavidade uterina. Sujeitos e método: Todas as mulheres após a menopausa que vieram encaminhadas da rede básica de saúde do município de Campinas ou região e dos ambulatórios de especialidades do CAISM/UNICAMP para realização de histeroscopia, no período de 07 de fevereiro de 2011 a 27 de fevereiro de 2012, foram convidadas a participar do estudo. Selecionou-se 140 pacientes que preencheram os critérios de inclusão e aceitaram participar do estudo. Foram então submetidas ao exame histeroscópico no ambulatório de Histeroscopia do DTG/CAISM/UNICAMP. A escolha da técnica para cada grupo foi feita por meio da randomização realizada através do programa SAS (distribuição de probabilidade uniforme) versão 9.2. A dor foi analisada pelo pesquisador, logo após a realização do exame, aplicando-se a escala visual analógica de dor (EVA). Os outros dados foram colhidos através de um questionário feito durante o exame e após o mesmo. Análise dos dados: Para a análise dos dados: dor, tempo de procedimento e qualidade da imagem, considerou-se um poder de 80% com um nível de significância de 5%. Foram utilizados teste t de Student, teste exato de Fisher, teste do qui quadrado e o teste não paramétrico de Mann Whitney, para comparação das médias de variáveis quantitativas. Resultados: Setenta e duas pacientes constituíram o grupo do CO2 e 68, o grupo da solução salina. A idade média, o tempo de menopausa e o índice de massa corporal (IMC) foram semelhantes nos dois grupos. O antecedente de cesárea foi maior no grupo do líquido (1,1±1,2) que no do gás (0,5±0,8) (p=0,0046). O escore médio de dor referido foi igual nos dois grupos, sendo (5,5±2,3 e 5,8±3,0), no grupo do CO2 e solução salina, respectivamente. O tempo total do exame foi maior no grupo da solução salina (3,5±1,57min) que com CO2 (2,6±1,55min) (p=0.0002). Quase a totalidade das pacientes aceitariam realizar o exame novamente (84,7% vs 89,7%, nos grupos de CO2 e líquido, respectivamente) (p=0.37). No grupo com líquido foi maior a taxa de falha por estenose de canal cervical (16,2%) que no grupo com gás (5,6%) (p=0.04). A qualidade da imagem foi considerada satisfatória em 100% e 96,3%, nos grupos com gás e líquido, respectivamente (p=0.37). Conclusões: A dor referida e a qualidade da imagem durante a histeroscopia diagnóstica foram iguais quando se utillizou CO2 ou líquido. A taxa de falha por estenose cervical, o antecedente de cesárea e o tempo total de procedimento foram maiores no grupo do líquido.

ASSUNTO(S)

dor menopausa metodologia histeroscopia pain menopause methodology hysteroscopy

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