Estrutura da comunidade de Ostracoda (Crustacea) perifíticos no sistema rio-planície de inundação do alto rio Paraná
AUTOR(ES)
Higuti, Janet, Conceição, Eliezer de Oliveira da, Campos, Ramiro de, Ferreira, Vitor Góis, Rosa, Jonathan da, Pinto, Márian Bozzo de Oliveira, Martens, Koen
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/12/2017
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliou-se o efeito dos fatores ambientais sobre a estrutura da comunidade de ostrácodes perifíticos ao longo do sistema rio-planície de inundação do alto rio Paraná. Foi predito que quanto maior a distância a jusante da barragem de Porto Primavera, maior a diversidade e densidade de ostrácodes. Métodos Ostrácodes perifíticos (associados aos sistemas radiculares da macrófita flutuante Eichhornia spp) foram amostrados durante novembro de 2013 a maio de 2015. Três amostras foram coletadas em cada ponto de amostragem (canal principal do rio Paraná, tributários e lagoas). Plantas de Eichhornia foram removidas da água manualmente e colocadas em balde plástico. As raízes foram lavadas para a remoção dos ostrácodes, e as amostras foram filtradas através de uma rede de mão de 160 µm de abertura de malha. Resultados O levantamento faunístico registrou 44 espécies de ostrácodes e os estimadores de riqueza indicaram que o esforço amostral pareceu ser adequado para revelar a diversidade de ostrácodes nesta área de estudo. A maior riqueza e densidade foram observadas no trecho a jusante da barragem no canal principal do rio Paraná e nas lagoas. A diversidade beta não foi significativamente diferente ao longo do gradiente longitudinal a jusante e a maior similaridade na composição de espécies de ostrácodes foi observada nas lagoas localizadas no trecho a jusante da barragem. Conclusões Um aumento na riqueza e densidade de ostrácodes foram registrados nas seções do rio Paraná, a jusante da barragem, evidenciando a importância dos tributários não represados sobre alguns atributos da comunidade de ostrácodes. A similaridade da diversidade beta entre os pontos de amostragem pode ser devido à permanente conectividade hidrológica entre estes ambientes, favorecendo a troca de organismos principalmente através da deriva de macrófitas flutuantes livres, e devido a dispersão passiva dos ovos de ostrácodes resistentes a seca. Os fatores abióticos locais tiveram efeitos significativos sobre a abundância e distribuição de algumas espécies de ostrácodes.
ASSUNTO(S)
microcrustáceos macrófitas rio regulado oligotrofização lagoas conectadas
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