Estimativas do tamanho e forma de parcelas experimentais para avaliação de descritores fenotípicos em bananeira (Musa spp.) / Estimates of the size and shape of experimental plots for the evaluation of phenotipics descriptors in banana (Musa spp.)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estimar o tamanho e a forma adequada de parcelas experimentais para avaliação de descritores fenotípicos relevantes para caracterização de genótipos de bananeira. O experimento constituiu-se de um ensaio de uniformidade, conduzido em Guanambi, BA, com a cultivar Tropical (YB42-21), híbrido tetraplóide AAAB, plantado no espaçamento de 3 m x 2 m, formado de 11 fileiras de 52 plantas cada e consideradas como útil as 9 fileiras centrais com 40 plantas por fileira, num total de 360 plantas e área de 2.160 m. Avaliaram-se os caracteres vegetativos, altura da planta, perímetro do pseudocaule, número de filhos emitidos e número de folhas vivas no florescimento e na colheita e os caracteres de rendimento, peso do cacho e das pencas, número de pencas e frutos, peso da segunda penca, peso, comprimento e diâmetro do fruto em dois ciclos de produção. Nas avaliações, cada planta foi considerada como uma unidade básica (ub), área de 6 m, perfazendo assim, 360 ub, cujas adjacentes foram combinadas de modo a formar 23 tamanhos de parcelas pré-estabelecidos com formatos retangulares e em fileiras. Os dados foram submetidos à análise de variância em modelo hierárquico simulando um experimento em parcelas subdivididas. O tamanho da parcela foi estimado pelos métodos da máxima curvatura, máxima curvatura modificado, comparação de variâncias e Hatheway, e a forma da parcela avaliada pelo método da informação relativa. Determinaram-se também o índice de heterogeneidade do solo e a diferença detectável entre médias de tratamentos. A variabilidade aumentou entre os ciclos com reflexos nas estimativas de tamanho de parcela. Os tamanhos de parcela variaram com o método utilizado, a variável avaliada e o ciclo de produção. Nas estimativas de tamanho de parcela para os ciclos da planta-mãe e do filho, respectivamente, foram encontrados valores de 5 a 9 ub (30 a 54 m) e 9 ub (54 m) para o método da máxima curvatura, 1 a 5 ub (6 a 30 m) e 1 a 7 ub (6 a 42 m) para o método da máxima curvatura modificado, 5 e 15 ub (30 e 90 m) e 5, 15 e 45 ub (30, 90 e 270 m) para o método da comparação de variâncias. O método da máxima curvatura modificado apresentou estimativas mais adequadas. Pelo método de Hatheway estimaram-se diversos tamanhos de parcelas, muitos aplicáveis, o que faculta ao pesquisador, harmonizar o arranjo dos fatores que interferem no planejamento experimental. Parcelas em fileira e pequenas, na maioria dos casos forneceram maior informação relativa comparativamente às retangulares. As características de rendimento exibiram valores mais concordantes e menor oscilação no tamanho adequado de parcela em relação às características vegetativas, para os ciclos e métodos de determinação de tamanho de parcela avaliados. Fundamentado nas estimativas de tamanho de parcela pelo método da máxima curvatura modificado, aliado à diferença detectável entre médias de tratamentos (d) para a característica e ciclo de maior variabilidade, os resultados sugerem que parcelas com seis unidades básicas (36 m) são adequadas para avaliar com acurácia e precisão todos os descritores fenotípicos considerados em genótipos de bananeira.

ASSUNTO(S)

experimental plots estimates estimativa de parcela musa spp descritores musa spp fitotecnia descriptors

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