Aclimatação de mudas micropropagadas de bananeira (Musa spp.) cv. Grande Naine / Acclimatization on microprpgated banana plants (Musa spp.) cv. Grande Naine

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

passar por um período de aclimatação, pois não realizam eficientemente a absorção de luz, água e nutrientes. A aclimatação deve ser feita em casas de vegetação, onde as condições de umidade relativa do ar e luminosidade são favoráveis a um endurecimento gradual das plântulas, período este que, para bananeira, se divide em dois estágios: o primeiro, denominado pré-aclimatação ou berçário, no qual as plântulas permanecem sob reduzida intensidade luminosa e elevada umidade relativa do ar até atingirem altura mínima de 10 cm e o segundo, a aclimatação propriamente dita, sob maior intensidade de luminosidade até que atinjam padrões comerciais. O presente trabalho estudou o desenvolvimento de mudas durante o segundo estágio da aclimatação sob diferentes condições de luminosidade (plena, 70, 50 e 30% de superfície de cobertura com malha vermelha e 50% com malha preta, ambas sob filme plástico transparente de 100 ?m) associado a períodos de aclimatação (3, 6 e 9 semanas), em ambientes sob condições favoráveis de temperatura (ao redor de 28ºC, com mínimas a 18ºC e máximas a 34ºC), umidade relativa (acima de 75%), nutrição e irrigação controladas, tendo como variáveis físicas da planta, a altura e o diâmetro do pseudocaule, a área foliar, o número de folhas, o comprimento das raízes e a massa da matéria fresca e seca, e como bioquímicas, a quantificação de pigmentos, de açúcares e do rendimento quântico da fotossíntese obtido por meio da fluorescência da clorofila. Após cada período, as plantas foram submetidas a ensaios de desenvolvimento em condições de campo por 7 semanas, sendo avaliadas para as mesmas variáveis. Quanto aos parâmetros ambientais, os resultados indicam controle satisfatório de temperatura e umidade relativa do ar nos ambientes oferecendo as condições requeridas pela planta embora tenham sido observadas diferenças significativas entre eles. As malhas vermelhas apresentam transmitâncias diferenciadas ao longo do espectro da radiação fotossinteticamente ativa e os resultados mostram maiores reduções na faixa RFA para estas, independente do horário, insolação e estação do ano. Na comparação entre as médias, cada tratamento recebeu pontuações obedecendo à ordenação hierárquica de desempenho verificada em cada avaliação (casas de vegetação e campo), segundo critérios de classificação estatística, onde considera-se o número de tratamentos estatisticamente inferiores e superiores. Na ordenação estatística, o uso de malha preta com 50% de sombreamento associado ao período de 9 semanas foi o que propiciou melhores condições, tanto no verão quanto no inverno. Visando a redução para 6 semanas, o uso alternativo de tela de malha vermelha com 70% de sombreamento produz efeitos equivalentes ao da malha preta com 50% em 9 semanas, apenas para condições de verão. Medidas paralelas utilizando o medidor portátil de clorofila SPAD-502 foram efetuadas simultaneamente às determinações analíticas deste parâmetro, verificando-se correlações positivas significativas da regressão entre o conteúdo de clorofila total e a leitura do equipamento. De acordo com o modelo da classificação estatística, verificou-se que as maiores pontuações envolvendo todos os parâmetros estudados coincidiram com as maiores pontuações obtidas pela leitura SPAD, recaindo na maioria das situações no ambiente com malha preta, já descrito como o de melhor desempenho entre todos. Assim, o uso deste equipamento pode vir a se constituir em importante ferramenta para avaliação auxiliar e expedita de plantas de bananeira sob aclimatação, requerendo, para tanto, mais estudos que visem o estabelecimento de modelos que melhor expliquem esta relação

ASSUNTO(S)

greenhouses climate banana - mudas plants banana acclimatization casas de vegetação - clima aclimatação casas de vegetação - sombreamento greenhouses shading

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