Estimativa do consumo de forragem em vacas mestiças lactantes usando óxido crômico e n-alcanos como marcadores externos
AUTOR(ES)
Oliveira, Dimas Estrasulas de, Medeiros, Sérgio Raposo de, Tedeschi, Luis Orlindo, Aroeira, Luís Januário Magalhães, Silva, Sila Carneiro da
FONTE
Scientia Agricola
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Os n-alcanos têm sido utilizados para estimar o consumo de matéria seca, a digestibilidade e a composição da dieta de animais em pastejo. O objetivo desse estudo foi comparar as técnicas de óxido crômico e n-alcanos usadas para estimar o consumo de forragem. Vinte vacas lactantes cruzas Holandês × Gir recebendo duas fontes de gordura (tratamentos: CLA (ácido linoleico conjugado) ou Megalac (controle)) mais 4 kg de concentrado foram dosadas com n-alcanos e óxido crômico para estimar o consumo de estrela-africana (Cynodon nlemfüensis Vanderyst var. nlemfüensis). A digestibilidade in vitro da matéria seca da estrela africana e do concentrado foi usada para estimar o valor nutritivo da dieta. Foram quantificados n-alcanos entre C23 e C36 na dieta e fezes. A regressão entre exigência e o consumo de energia metabolizável (EMr, Mcal d-1) derivada da matéria seca da forragem calculada usando óxido de cromo foi ConsumoCr = 19,1 + 0,62 EMr (R² = 0,27) e a mesma relação estimada usando a relação C35:C36 de n-alcanos foi ConsumoC35:C36 = 9,3 + 0,77 EMr (R² = 0,52). Houve efeito de tratamento na concentração fecal de óxido de cromo com variação diária e entre turnos. Para técnica de n-alcanos, houve efeito de tratamento e período e efeito linear de dia de coleta nas concentrações fecais do C35. Para as concentrações fecais do C36, houve efeito de tratamento e um efeito quadrático de dia de coleta. Não houve efeito de tratamento na concentração fecal da relação C35:C36, mas houve efeito de turno e efeito linear de dia de coleta. As estimativas do consumo de forragem obtidas com os dois marcadores foram diferentes, mas aquela obtida com o par de alcanos C35:C36 foi mais precisa que aquela obtida com o óxido crômico e a digestibilidade in vitro. O manejo dos animais experimentais pode ter influenciado a concentração dos marcadores nas fezes, determinando variações e inconsistências que explicam parcialmente a falta de acurácia das estimativas.
ASSUNTO(S)
composição da dieta digestibilidade pastejo
Documentos Relacionados
- Óxido de cromo e n-alcanos na estimativa do consumo de forragem de vacas em lactação em condições de pastejo
- N-alcanos para estimar o consumo voluntário de forragem em bovinos usando cápsulas de liberação controlada
- n-alcanos de espécies de Paepalanthus Mart. (Eriocaulaceae)
- Uso de N-alcanos na estimativa da composição botânica em amostras com diferentes proporções de Brachiaria brizantha e Arachis pintoi
- Potencial discriminatório dos N-alcanos em plantas forrageiras tropicais por análises multivariadas