Estimação do risco e do valor da floresta para fins securitários no Brasil / Estimation of risk and forest value for insurance in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/03/2012

RESUMO

O objetivo do estudo é apresentar um conjunto de alternativas ao mercado de seguro florestal que sistematize o processo de valoração da floresta em apólices de seguro e que proponha os indicadores mais importantes para mapeamento de riscos. Atualmente o cálculo do Valor em Risco (VR) se baseia no custeio ou no valor comercial da floresta. Esse método de cálculo apresenta limitações, pois é comum a seguradora ter que estimar esses valores. Um novo cálculo do VR é aqui proposto e leva em consideração o valor da floresta em função do seu potencial retorno econômico. Esse novo VR considera o fato de que um sinistro interrompe a expectativa de conclusão do atual ciclo de exploração, tendo como conseqüência (i) a perda de uma receita futura que seria obtida com a madeira produzida pela floresta atual, deduzidos os custos futuros; e (ii) a antecipação da ocupação da área com uma nova atividade, que só aconteceria após o término do atual ciclo de exploração. O método proposto é ilustrado com exemplos, sugerindo três modelos base de custeio: Alta, Média ou Baixa tecnologia, aplicáveis em qualquer parte do Brasil. Para o cálculo das receitas, foram geradas oito curvas de crescimento para eucalipto, com incrementos médio anuais (IMA), aos 7 anos, de: 24, 27, 32, 35, 41, 52, 47 e 60 m3ha-1ano-1, nomeadas de BP1, BP2, MP1, MP2, MP3, AP1, AP2, AP3, respectivamente. O novo VR foi aplicado em sete casos reais, em diferentes estados brasileiros. Cada local foi associado com uma estratégia de custos conforme a tecnologia empregada (Alta Média ou Baixa) e vinculado a uma das curvas de crescimento. O preço da madeira considerou valores regionais, e a taxa de desconto utilizada foi de 12% ao ano. Para o Local 1(PR), onde se considerou baixa tecnologia, curva MP1 de produção e madeira a R$45,00m-3, o novo VR se mostrou 5% inferior ao valor da apólice; para o Local 2(GO), alta tecnologia, AP2 e madeira a R$45,00m-3, o método sugere VR 29% inferior; Local 3(MA), média tecnologia, MP3, R$45,00m-3 a estimativa foi 17% superior; Local 4(MG), média tecnologia, MP3, R$33,00m-3, o resultado foi 66% inferior; Local 5(MS), alta tecnologia, MP3, e R$42,50.m-3, a estimativa resultou 41% superior; Local 6, média tecnologia, AP1, e preço R$46,50.m-3 observou-se um resultado 30% superior; e Local 7, média tecnologia, curva MP2, e preço de R$45,00m-3, a estimativa foi 11% superior. Sugeriu-se a utilização de sistemas de informação geográfica (SIG) e da fórmula de Monte Alegre (FMA) como alternativas para mapeamento de riscos. Foram identificados na literatura mapas de riscos de geada (Estado de SP) e de seca (Brasil) e aplicada a FMA em dados de Piracicaba/SP, indicando o benefício de sua utilização. Recomenda-se que o modelo de cálculo e mapas de risco aqui apresentados sejam incorporados pelas seguradoras em suas rotinas de elaboração de apólices de seguro floresta, para que se garanta um adequado respaldo técnico

ASSUNTO(S)

fluxo de caixa cash flow florestas - valoração - brasil forest insurance forests appraisal brazil risco - mapeamento risk mapping seguro florestal

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