Estado Novo no Brasil: Um Estudo da Dinâmica das Elites Políticas Regionais em Contexto Autoritário

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Este artigo reconstrói a lógica de reconstituição da classe política estadual durante o Estado Novo no Brasil. Expomos os mecanismos de formação de apoios por parte da elite nacional, os princípios que guiaram as relações entre a elite regional e a cúpula dos Executivos estadual e federal e, especificamente, o modo pelo qual o presidente da República exerceu suas prerrogativas autoritárias diante das classes dirigentes regionais. É privilegiado o caso de São Paulo, mas as situações políticas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná são também comentadas. Foram propostas duas noções para explicar esse processo: "geometria variável" e "personalismo institucionalizado". Como conclusão, contesta-se a ideia segundo a qual a política seletiva de conservação/renovação das classes dirigentes estaduais deva ser descrita como cooptação de elites. O mais apropriado seria a noção de transformismo político, que implica na fabricação de uma nova classe dirigente através da destituição seletiva do grupo inimigo por uma elite mais poderosa.

ASSUNTO(S)

elite política política brasileira getúlio vargas estado novo circulação de elites

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