As estratégias de recomposição e rearticulação das elites do grupo étnico alemão no Brasil pós-Estado Novo: uma análise à luz da Sociologia Histórica e da Sociologia das Elites

AUTOR(ES)
FONTE

Civitas, Rev. Ciênc. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-01

RESUMO

Resumo: Este artigo, embasado nas perspectivas teórico-metodológicas da Sociologia Histórica e da Sociologia das Elites, tem por objetivo analisar a recomposição e as rearticulações das elites do grupo étnico alemão no Brasil após o Estado Novo (pós-1945). A pesquisa baseia-se em revisão de literatura histórica, entrevistas e análise documental. Em um primeiro momento, analiso o Estado Novo e as campanhas de nacionalização como um “acontecimento”, responsável pela produção de mudanças e transformações nas práticas associadas à “germanidade” no Brasil. A seguir, apresento algumas das iniciativas de rearticulação das elites do grupo étnico alemão no Brasil pós-Estado Novo: o Comitê de Socorro à Europa Faminta, a reestruturação da Igreja Luterana, a rearticulação do Movimento 25 de Julho, a fundação de Centros Culturais 25 de Julho e da Federação dos Centros Culturais 25 de Julho. Por fim, analiso o “outcome ” de tal processo histórico, a saber, a sistematização e a institucionalização de um “espaço de práticas do folclore ‘alemão’ no Brasil”, a partir da década de 1980. A discussão possibilitou o estabelecimento de uma relação de causalidade entre as campanhas de nacionalização e as iniciativas de rearticulação das elites étnicas e de promoção da etnicidade germânica no Brasil.

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