Estabilidade do isolado protetivo Pêra IAC do Citrus tristeza vírus observado pela análise SSCP em clones velhos e novos de três variedades de laranja doce
AUTOR(ES)
Leonel, Waldecy Matos da Silva, Corazza, Maria Júlia, Zanutto, Carlos Alexandre, Müller, Gerd Walter, Carvalho, Sergio Alves, Nunes, William Mário Carvalho
FONTE
Summa phytopathol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
A limpeza clonal seguida de pré-imunização com complexos protetivos do Citrus tristeza virus(CTV) possibilitaram o cultivo comercial da laranja Pêra, variedade de relevante importância para a citricultura brasileira, mas sensível ao vírus. O emprego de isolados fracos protetivos em outras variedades de citros, mesmo com maior tolerância ao CTV, pode ser também de interesse para evitar a dispersão de isolados severos. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar, por meio da análise SSCP (Single Strand Conformational Polymorphism) do gene da proteína do capsídeo, isolados de CTV presentes em plantas das cultivares de laranjas doce Pêra, Hamlin e Valência, propagadas de quatro fontes de borbulhas: 1) clones velhos, 2) clones nucelares, 3) clones microenxertados e 4) clones microenxertados pré-imunizados com o isolado fraco protetivo 'PIAC' do CTV. Avaliou-se ainda a correlação dos padrões SSCP obtidos com intensidade de caneluras no lenho, vigor e produção de frutos. Resultados do SSCP demonstraram baixa diversidade genética entre isolados presentes em diferentes plantas da mesma variedade e mesma fonte de borbulhas, e em alguns casos, em diferentes fontes de borbulhas e variedades. Para os sintomas de tristeza, observou-se menores intensidades em plantas dos clones novos, microenxertados e, dos microenxertados pré-imunizados sobre clones velhos das três variedades. Os padrões SSCP e a sintomatologia observados sugeriram que complexos mais fortes do CTV estão infectando as plantas dos clones velhos das três variedades. A estabilidade do complexo protetivo foi observada nos padrões SSCP dos isolados de CTV de alguns dos clones microenxertados e pré-imunizados. Concluiu-se que as alterações detectadas em outros perfis eletroforéticos deste tratamento não provocaram a perda da capacidade protetiva do isolado 'PIAC' de CTV, inoculado na pré-imunização.
ASSUNTO(S)
ctv proteção cruzada diversidade molecular sintomatologia
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