Esofagectomia trans-hiatal versus transtorácica: experiência do Instituto Nacional do Câncer (INCA)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: Analisar comparativamente a morbimortalidade e sobrevida após esofagectomia trans-hiatal (TH) ou transtorácica (TT). METODOS: Estudo retrospectivo não randomizado de 68 pacientes com neoplasia de esôfago operados no INCA entre 1997 e 2005, divididos em dois grupos: 1 - TH (33 pacientes); e 2 - TT (35 pacientes). RESULTADOS: A idade média foi 40,7 anos (25 - 74 anos), sendo 73,5% homens. Tumores do 1/3 médio predominaram no Grupo 2 (48,6% versus 21,2%, p = 0,02). A média de linfonodos dissecados foi maior no Grupo 2 (21,6 versus 17,8 linfonodos, p = 0,04), porém sem diferença no número de linfonodos metastáticos (4,1 versus 3,9 linfonodos, p = 0,85). O tempo cirúrgico médio foi maior no Grupo 2 (410 versus 270 minutos, p = 0,001). O tempo médio de internação também foi maior no Grupo 2 (19 versus 14 dias, p = 0,001). A morbidade operatória foi 50%, sem diferença significativa (42,4% versus 57,1%, p = 0,23). Fístula esofágica ocorreu em 13,2%, sem diferença significativa (9,1% versus 17,1%, p = 0,23). A mortalidade foi 5,8% (04 pacientes), sem diferença significativa (1,4% versus 4,4%, p = 0,83). CONCLUSÃO: Neste estudo, a morbimortalidade não apresentou diferença em relação à via de acesso para a esofagectomia, apesar do maior tempo cirúrgico e de permanência hospitalar na via TT. A sobrevida global em 3 e 5 anos também foi maior na TT, possivelmente devido a maior freqüência de estágios iniciais em pacientes submetidos à transtorácica.

ASSUNTO(S)

neoplasias esofágicas esofagectomia morbidade mortalidade

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