Escrita e imagem d A hora da estrela

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Este trabalho aproxima duas linguagens da arte. Uma, produto da cultura escrita e da alquimia literária de Clarice Lispector -- A Hora da Estrela, romance de 1977. Outra - produto da cultura de imagens e sons contemporânea - a tradução hom do romance para o cinema, dirigida por Susana Amaral, em 1985. A partir dos conceitos de Tradução e Alegoria, desenvolvidos por Walter Benjamin, o trabalhe, apontando a especificidade de cada linguagem, reflete o modo de, uma linguagem fazendo face com a outra, dizer a vida, o homem, a sociedade. Nos interstícios da tradução, podemos ver a realidade em sua temporalidade e historicidade -- alegorias do presente -- de onde se pressente o abismo existente entre expressão e o desejo de significação. A des-animada e quase invisível figura da personagem Maeabéa, no romance, tão visível no filme, protagonista de uma e outra obra, é a imagem alegórica nuclear da qual outras imagens irrompem. O trabalho acompanha a personagem Macabéa, percorrendo um caminho que vai e imagens captadas no texto escrito, às imagens produzidas pelo filme, até aportar na pessoa da atriz Marcélia Cartaxo, que protagonizou Macabra no feilme. Um trajeto da literatura, ao cinema, à vida da atriz.

ASSUNTO(S)

literatura cinema imagem

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