Equoterapia para cegos: efeitos e técnica de atendimento

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da equoterapia, em nível motor, cognitivo e emocional, e sistematizar um programa específico de atendimento em indivíduos cegos. Método: Procedeu-se a análise qualitativa do conteúdo dos registros das observações das sessões de equoterapia e das entrevistas individuais e de familiares, de um grupo de cinco crianças cegas congênitas, classificadas segundo o conceito de cegueira da Organização Mundial de Saúde - OMS, com idade cronológica entre 5 (cinco) e 12 (doze) anos, que frequentam o Instituto Sul Matogrossense para Cegos "Florivaldo Vargas" - ISMAC, de Campo Grande/MS. Foram realizadas, em média, 20 (vinte) sessões semanais de equoterapia, com duração de 30 (trinta) minutos cada, por um período de 10 (dez meses). Para realizarmos a pesquisa foi criado por nós um método específico de atendimento, com exercícios que visaram o desenvolvimento biopsicossocial de indivíduos com cegueira. Também foram feitas, no transcorrer da pesquisa, filmagens em VT e fotografias das crianças durante as sessões de equoterapia para registro visual do desenvolvimento alcançado. Resultados: Os dados obtidos através da análise, apontam para uma melhora significativa, dos três sujeitos analisados, de aspectos da psicomotricidade como: equilíbrio, segurança, postura ereta do tronco. Os sujeitos com idade de 11 e 12 anos, também apresentaram ganhos nos aspectos: referência do espaço tempo, lateralidade e coordenação dos movimentos, uma vez que ambos ao final do período da pesquisa, atingiram a fase de educação/reeducação da equoterapia. Os resultados apontam também para uma melhora do relacionamento social dos três sujeitos, evidenciando os aspectos da comunicação, da atenção e das regras sociais.

ASSUNTO(S)

deficientes visuais equoterapia psicologia cognitiva

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