Época, localização e espécie vegetal na magnitude do efeito protetor do magnésio contra o alumínio tóxico
AUTOR(ES)
Silva, Ivo Ribeiro, Corrêa, Tarcísio Fernando Cortes, Novais, Roberto Ferreira, Smyth, T. Jot, Rufty, Thomas, Silva, Eulene Francisco, Gebrim, Fabrício Oliveira, Nunes, Flancer Novais
FONTE
Revista Brasileira de Ciência do Solo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-02
RESUMO
O efeito protetor de alguns cátions, especialmente o do Ca e do Mg, contra a rizotoxidez do alumínio (Al) tem sido investigado extensivamente nas últimas décadas. No entanto, os mecanismos envolvidos apenas começaram a ser elucidados. No presente estudo foram conduzidos seis experimentos, visando caracterizar o efeito protetor do Mg em relação à sua época de aplicação, localização, além da especificidade da cultura: Experimento 1 - efeito protetor do Mg em comparação ao Ca; Experimento 2 - efeito protetor do Mg em distintas classes de raízes de 15 genótipos de soja; Experimento 3 - efeito da época da aplicação do Mg na resposta de cultivares de soja ao Al; Experimento 4 - determinando se o efeito protetor do Mg é apoplástico ou simplástico; Experimento 5 - efeito protetor do Mg suprido via solução nutritiva ou via foliar, e; Experimento 6 - efeito protetor do Mg contra a rizotoxidez em outras culturas. Observou-se que a adição de 50 mmol L-1 Mg às soluções nutritivas contendo Al aumentou a tolerância ao metal por 15 quinze cultivares de soja. Isso fez com que cultivares de soja conhecidas por serem sensíveis ao Al se comportassem como tolerantes. A ação protetora do Mg parece requerer o suprimento constante de Mg no meio de crescimento. O suprimento de Mg até seis horas após a exposição das raízes ao Al foi suficiente para manter o crescimento radicular normal da soja, porém adições de Mg depois de 12 h da aplicação do Al não foram capazes de recuperar o crescimento radicular. A suplementação do Mg à metade do sistema radicular não exposta ao Al não foi suficiente para prevenir a toxidez do Al à outra metade do sistema radicular exposta ao metal na ausência de Mg no meio de crescimento, confirmando a existência de um mecanismo externo de proteção pelo Mg. Aplicações foliares de Mg também não conseguiram reduzir a toxidez por Al, indicando uma possível função apoplástica de proteção pelo Mg. O efeito protetor do Mg pareceu ser específico para a soja porque o suprimento de Mg não resultou em melhoria substancial no crescimento radicular de plantas de sorgo, trigo, milho, algodão, arroz e feijão quando estes foram cultivados na presença de concentrações tóxicas de Al.
ASSUNTO(S)
soja cátions rizotoxidez acidez do solo
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