Epidemiologia da sífilis gestacional em Fortaleza, Ceará, Brasil: um agravo sem controle
AUTOR(ES)
Campos, Ana Luiza de Araujo, Araújo, Maria Alix Leite, Melo, Simone Paes de, Gonçalves, Marcelo Luiz Carvalho
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-09
RESUMO
O objetivo deste estudo transversal foi conhecer o perfil epidemiológico das gestantes com VDRL reagente, em Fortaleza, Ceará, Brasil, no ano de 2008. Foi verificado o percentual das gestantes com sífilis que foram consideradas inadequadamente tratadas e os motivos da inadequação, de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Foram entrevistadas 58 gestantes no pós-parto imediato, internadas em cinco maternidades públicas do município, e consultadas as informações do prontuário e do cartão das gestantes. Foram avaliados dados sociodemográficos, obstétricos e variáveis relacionadas ao diagnóstico e tratamento da gestante e do parceiro. Apenas três (5,2%; IC95%: 1,8%-14,1%) gestantes foram consideradas adequadamente tratadas. O principal motivo da inadequação do tratamento foi a falta ou inadequação do tratamento do parceiro (88% dos casos; IC95%: 76,2%-94,4%). Foi possível constatar a necessidade de um segundo VDRL no terceiro trimestre de gestação. Os dados evidenciaram que o atendimento recebido pela gestante não foi suficiente para garantir o controle da sífilis congênita.
ASSUNTO(S)
sífilis congênita gestantes cuidado pré-natal
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