Epidemia midiática: um estudo sobre a construção de sentidos na cobertura da Folha de S.Paulo sobre a febre amarela, no verão 2007-2008 / Mediagenic Epidemic: a Study about the Construction of Meanings by Folha de S.Paulo Press Coverage about Yellow Fever in 2007-2008 Summer

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/10/2011

RESUMO

De natureza qualitativa, o presente estudo situa-se no campo da comunicação e saúde, tendo como objetivo analisar a construção de sentidos no noticiário veiculado pela Folha de S.Paulo durante a epizootia de febre amarela silvestre e a ocorrência de casos humanos, no verão 2007-2008. Utilizando o quadro referencial teórico das práticas discursivas e construção de sentidos no cotidiano e as hipóteses de agendamento (agenda-setting) e enquadramento (framing) da notícia, foram analisadas as matérias veiculadas pelo jornal e os documentos comunicativoinstitucionais emitidos pela autoridade de saúde pública brasileira sobre a doença, no período de 21 de dezembro de 2007 a 29 de fevereiro de 2008. Os achados indicam que a veiculação de repertórios interpretativos durante a cobertura jornalística conferiu novos sentidos à febre amarela, deslocando o evento de sua forma silvestre, espacialmente restrita e de gravidade delimitada, para a urbana, de caráter epidêmico e potencialmente mais grave. Secundariamente, a análise permitiu identificar os riscos a que a população foi exposta em função dos sentidos construídos pelo noticiário durante a cobertura jornalística sobre a doença

ASSUNTO(S)

agendamento communication in health comunicação em saúde discursive practices enquadramento febre amarela framing jornalismo journalism práticas discursivas yellow fever

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