O discurso eleitoral da Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo na campanha eleitoral de 2010

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/08/2012

RESUMO

O objetivo desta tese foi abordar a Eleição de 2010 sob o viés do jornalismo impresso. A análise foi feita pelos editoriais da Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Tínhamos como hipótese primeira que os jornais representam conceitos e ideias do público leitor médio, o que influenciaria no que os editoriais publicaram na cobertura dos três principais candidatos à presidência. Depois, buscamos comparar o resultado final do pleito com as diversas abordagens dos editoriais em relação aos candidatos a fim de saber se um editorial poderia influenciar ou não a eleição. A base teórica foi fundada na Filosofia da Linguagem, conceito e método criado pelo russo Mikhail Bakhtin que se apoia na correlação ideológica do texto e contexto, relacionando o momento sócio-histórico. O resultado qualitativo mostrou que O Estado de S.Paulo citou 14,02% de 442 textos coletados citavam os presidenciáveis, enquanto a Folha de S.Paulo citou os presidenciáveis em 22,8% dos 285 textos com o nome de Dilma Rousseff aparecendo em média 59 vezes, José Serra 37,5 citação e Marina Silva com 10,5. O resultado qualitativo mostrou a trajetória candente da Eleição: nove temas foram preponderantes nos textos jornalísticos e revelaram um cenário complexo da corrida ao Palácio do Planalto. Pudemos constatar que o efeito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os escândalos políticos ganharam alto relevo gerando protestos dos editorialistas ressaltando o papel da imprensa cão de guarda até o ponto do O Estado de S.Paulo pela primeira vez assumir posição em uma eleição. Nos demais temas um foi relacionado diretamente com as regras eleitorais, a relação com os planos de governo enquanto os outros (FARC, Aborto/religião e Privatização) reassumiram discursos que aparecem tradicionalmente nos momentos críticos em que se é convocado quando é preciso acionar a opinião pública.

ASSUNTO(S)

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