Eosinofilia do lavado nasal: um novo indicador da inflamação brônquica eosinofílica em asmáticos estáveis / Nasal eosinophilia: na indicator of eosinophilia inflammation in asthma
AUTOR(ES)
Maria Marta Ferreira Amorim
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Estudos demonstram que há uma associação clínica, epidemiológica e fisiopatológica da inflamação das vias aéreas superior e inferior na rinite e na asma, o que sugere uma participação similar das células inflamatórias em ambas doenças. A proporção de eosinófilos na avaliação quantitativa nasal poderia, portanto, tornar-se um teste rápido, minimamente invasivo e útil para a identificação da inflamação eosinofílica das vias aéreas inferiores, representando uma ferramenta de avaliação do controle de pacientes asmáticos. Objetivo: Comparar a contagem de eosinófilos no escarro induzido e no lavado nasal de pacientes asmáticos regularmente tratados, assintomáticos e estáveis, em um estudo transversal. E ainda, avaliar a acurácia da eosinofilia do lavado nasal como preditor da eosinofilia do escarro induzido. Métodos: A avaliação clínica, o questionário de controle da asma (ACQ-7), espirometria pré e pós broncodilatador, amostra de lavado nasal e escarro foram realizados. A eosinofilia nasal foi analisada através da Receiver Operating Curve (ROC) e do modelo de regressão logística. Resultados: Nos 140 pacientes analisados, o volume expiratório forçado após o uso de broncodilatador (VEF1 pós-BD), não apresentou diferença estatisticamente significante entre o grupo de pacientes com escarro eosinofílico dos não-eosinofílicos (p=0,18). No modelo de regressão logística para a caracterização da eosinofilia no lavado nasal, quem tinha eosinofilia no escarro, tinha 52 vezes mais chance de ter eosinofilia no lavado nasal do que não ter eosinofilia no lavado nasal, e também, para cada aumento de 1% na resposta broncodilatadora, observou-se um aumento de 7% na chance de se ter eosinofilia no lavado nasal, ajustadas para a presença de sintomas das vias aéreas superiores, a idade, o escore de ACQ-7 e o VEF1 pós-broncodilatador. Conclusão: Este estudo evidenciou que a monitorização da eosinofilia na asma através da citologia nasal pode ser útil como complemento da avaliação clínica e acurada para a caracterização do tipo e da extensão da inflamação das vias aéreas inferiores, em substituição ao escarro induzido.
ASSUNTO(S)
pneumologia asma eosinófilos escarro induzido lavado nasal
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