Ensino da prática de cateterismo epidural torácico em diferentes anos de residência em anestesia

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-02

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Esclarecer a importância do ano de residência e outros fatores que influenciam o sucesso do cateterismo epidural torácico (CET) em pacientes submetidos à toracotomia. MÉTODOS: Após a aprovação do Comitê de Ética, os dados foram retrospectivamente analisados a partir dos prontuários de 415 pacientes. Todos os pacientes assinaram os termos de consentimento informado. As tentativas de CET foram divididas em dois grupos: segundo-terceiro ano (Grupo I) e quarto ano (Grupo II), de acordo com o ano de residência. Dados demográficos, características das tentativas de CET e todas as dificuldades e complicações durante o CET foram registrados retrospectivamente. RESULTADOS: A taxa de sucesso global de CET foi semelhante entre os grupos. Os níveis de colocação do cateter, o número e a duração das tentativas não foram diferentes entre os grupos (p > 0,05). A alteração do nível de inserção da agulha foi estatisticamente maior no Grupo II (p = 0,008), enquanto que a parestesia foi significativamente maior no Grupo I (p = 0,007). As taxas de cefaleia durante e após punção dural foram maiores no Grupo I. Um índice de massa corporal (IMC) maior e o nível do local de inserção foram fatores significativos para o fracasso do CET e para as taxas de complicações no pós-operatório, mas independentes da experiência dos residentes (p < 0,001, 0,005). CONCLUSÃO: O IMC e o nível do local de inserção foram significativos para o fracasso do CET e para as taxas de complicações no pós-operatório. Pensamos que o ano de residência não é um fator significativo em termos de taxa de sucesso global para o CET, mas é importante para o resultado desses procedimentos.

ASSUNTO(S)

treinamento em residência cateterismo epidural torácico taxa de falha complicações

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