Energia metabolizÃvel verdadeira e aminoÃcidos digestÃveis de alguns alimentos, determinados com galos e por equaÃÃes de prediÃÃo / True metabolizable energy and digestible aminoacids of some feeds for birds determined with adult roosters and by prediction equations

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Seis experimentos foram conduzidos no setor de avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras - UFLA, em Lavras - MG, Brasil. Os trÃs primeiros trabalhos tiveram o objetivo de determinar os valores de energia metabolizÃvel aparente (EMA), aparente corrigida (EMAn), verdadeira (EMV) e verdadeira corrigida (EMVn) e, a partir dos resultados obtidos, validar equaÃÃes para predizer a EMVn em funÃÃo da composiÃÃo quÃmica. Foi utilizado o mÃtodo de alimentaÃÃo forÃada e avaliados 21 alimentos (sete protÃicos e 14 energÃticos), sendo sete em cada experimento. No experimento I foram avaliadas cinco marcas de farelo de soja, uma soja integral tostada e uma micronizada. No experimento II foram avaliados o milheto e sorgo (moÃdos e em grÃos), o farelo de glÃten 60, o gÃrmen e a quirera de milho e no experimento III, sete hÃbridos de milho. Em cada experimento foram utilizados 24 galos Leghorn adultos, sendo que cada galo constituiu uma unidade experimental. Cada alimento foi fornecido a 6 galos (6 repetiÃÃes), sendo duas repetiÃÃes no tempo. Simultaneamente foram mantidos 6 galos em jejum para determinaÃÃo das perdas endÃgenas e metabÃlicas. Cada galo foi mantido em jejum 24 horas para esvaziamento do trato digestÃrio e entÃo forÃado a ingerir 30 gramas de alimento teste. A partir daà foram realizadas quatro coletas de excretas, de 12 em 12 horas. Ao final deste perÃodo, os alimentos e tambÃm as excretas foram homogeneizadas para anÃlise de matÃria seca, nitrogÃnio e energia bruta, e foram calculados os valores de energia. Os valores de EMVn foram entÃo contrastados com valores de EMVn estimados a partir de equaÃÃes de prediÃÃo descritas na literatura nacional para grupos de alimentos semelhantes aos do presente trabalho. Os valores de EMVn dos farelos de soja variaram de 2531 a 2730 Kcal/kg de MS e os da soja integral tostada e micronizada foram 3732 e 4027 Kcal/kg de MS, respectivamente. O milheto e o sorgo (em grÃos e moÃdos) apresentaram EMVn semelhantes: 3764 e 3759;3714 e 3739 Kcal/kg de MS, respectivamente; jà o farelo de glÃten, a quirera e o gÃrmen de milho apresentaram valores de EMVn de 4120, 3521 e 3730 Kcal/kg de MS, respectivamente; a EMVn dos hÃbridos de milho variou de 3722 a 3952 Kcal/kg de MS; Para as sojas integrais e os farelos de soja, a equaÃÃo que melhor estimou os valores de energia foi 2690,62 - 40,87FDA + 19,96FDN + 63,09EE; para o milheto, sorgo e subprodutos de milho, as equaÃÃes que melhor estimaram a EMVn foram 4485,13 - 34,20FDN - 83,83MM e 5283,87 - 10,46PB - 127,51FB + 27,62EE - 171,63MM -14,07AMIDO; jà para os hÃbridos de milho, apenas a equaÃÃo 4234,28 â 27,58FDN + 50,18EE - 107,54 MM estimou de forma eficiente os valores de EMVn. Nos experimentos IV, V e VI foram utilizados os mesmos alimentos dos experimentos I, II e III, respectivamente. Nestes trabalhos tambÃm foi utilizado o mÃtodo de alimentaÃÃo forÃada, porÃm com uma adaptaÃÃo, utilizando galos adultos cecectomizados e, a partir dos resultados, validou-se equaÃÃes de prediÃÃo de aminoÃcidos propostas na literatura nacional e estrangeira. A metodologia experimental foi a mesma descrita para os trÃs primeiros experimentos, no entanto, as anÃlises efetuadas tanto nos alimentos como nas excretas foram matÃria seca, nitrogÃnio e composiÃÃo em aminoÃcidos. Uma vez conhecida a quantidade de aminoÃcidos ingeridos e excretados, bem como a fraÃÃo endÃgena determinada com os galos em jejum, determinou-se os coeficientes de digestibilidade verdadeira de cada aminoÃcido, e entÃo calculou-se o conteÃdo em aminoÃcidos digestÃveis. Para as sojas e os farelos, os valores de aminoÃcidos totais foram aproximadamente 10% inferiores Ãqueles apresentados pela literatura e os coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoÃcidos essenciais e nÃo essenciais desses alimentos foram 91,3 e 90,6%, respectivamente. Dentre os aminoÃcidos essenciais dos farelos de soja, a isoleucina foi aquele com menor digestibilidade mÃdia (86,4%) e a fenilalanina aquele que teve a maior digestibilidade (86,2%). De uma maneira geral, tanto as equaÃÃes propostas na literatura nacional, para estimar o conteÃdo em aminoÃcidos, totais e digestÃveis, de alimentos do grupo da soja, como aquelas propostas na literatura estrangeira para o farelo de soja, nÃo fizeram boas estimativas, nÃo sendo aplicÃveis nestas condiÃÃes. Para o sorgo, milheto e subprodutos de milho, os coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoÃcidos essenciais e nÃo essenciais foram 92,39 e 91,72%, respectivamente; observou-se que o processo de moagem melhorou a digestibilidade mÃdia dos aminoÃcidos do sorgo de 90,5 para 93,2% e do milheto de 93,36 para 94,15%; assim como para o grupo da soja, os aminoÃcidos essenciais apresentaram maior coeficiente mÃdio de digestibilidade que os nÃo essenciais; para este grupo de alimentos a inclusÃo de variÃveis nas equaÃÃes alÃm da PB piorou a estimativa dos valores de aminoÃcidos; tambÃm para estes alimentos as equaÃÃes propostas na literatura nacional nÃo fizeram estimativas confiÃveis e precisas dos valores de aminoÃcidos, com exceÃÃo da lisina do farelo de glÃten que foi bem estimada pela equaÃÃo 0,26488 + 0,01198PB. Para os hÃbridos de milho, os coeficientes de digestibilidade mÃdios dos aminoÃcidos essenciais e dos nÃo essenciais foram 90,65 e 89,80%, respectivamente; de maneira geral, com exceÃÃo da equaÃÃo para estimar a treonina digestÃvel (-0,01738 + 0,03156PB), a qual estimou cinco dos sete hÃbridos de milho estudados, as equaÃÃes propostas na literatura nacional, nÃo fizeram boas estimativas do conteÃdo em aminoÃcidos totais e digestÃveis dos alimentos estudados; as equaÃÃes propostas na literatura estrangeira para o milho, fizeram boas estimativas para lisina, metionina, metionina + cistina e treonina, sendo, portanto adequadas para estimaÃÃo destes aminoÃcidos.

ASSUNTO(S)

zootecnia composiÃÃo quÃmica nutriÃÃo de monogÃstrico forced feeding alimentaÃÃo forÃada monogastric nutrition chemical composition

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