Emprego de jovens trabalhadores em atividades informacionais do setor de telecomunicações
AUTOR(ES)
Barcelos, Régis Leonardo Gusmão
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O presente estudo analisa a inserção de jovens trabalhadores no mercado de trabalho do setor de telecomunicações, no Rio Grande do Sul, destacando a influência do perfil sócio-ocupacional e da escolaridade sobre as condições de emprego, em atividades informacionais. Os dados utilizados provieram de fonte secundária fornecida pelas bases estatísticas oficiais da (RAIS-CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil (MTE). Utilizou-se o método de pesquisa social empírica, através da análise das condições de emprego entre jovens e trabalhadores não-jovens. A definição de jovem baseou-se em critérios de delimitação etária, entre 18 e 29 anos. A partir dos resultados, demonstrou-se que tais atividades têm se caracterizado por oferecer oportunidades de inserção no mercado de trabalho para os jovens, porém essa inserção ocorre de duas formas: por um lado, os jovens apenas se inserem nessas atividades, por outro lado, alguns acabam profissionalizando-se. Essa diferenciação na inserção ocupacional de jovens ocorre devido, não apenas à faixa etária - pode-se caracterizar os jovens em dois segmentos distintos - mas também à escolaridade, especialmente quando adquirem formação superior. Os primeiros apresentam uma inserção menos sólida, embora não se possa dizer que tenham condições precárias de trabalho, enquanto que os segundos apresentam condições de emprego privilegiadas, praticamente semelhantes às condições de trabalhadores mais experientes. A hipótese que orienta o estudo sugere que quanto mais próximo do novo cenário de emprego estiver um setor, mais sólida tenderá ser a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Essa hipótese foi parcialmente confirmada, visto que se descobriu que as condições de emprego dos jovens trabalhadores empregados no setor de Telecom fundamentam dois grupos distintos, um grupo de jovens inseridos, em condições laborais mais frágeis, porém encontrou-se outro grupo de jovens profissionalizados, com inserção mais sólida. Assim, argumenta-se que existe a necessidade de diferenciação da categoria "jovem" e que em atividades informacionais existe um cenário de empregos favoráveis para jovens, porém com capacitações exigidas pelo ramo produtivo.
ASSUNTO(S)
sociologia do trabalho mercado de trabalho jovem telecomunicacoes
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/18368Documentos Relacionados
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