Eficiência relativa dos sistemas municipais de saúde

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A economia da saúde está entre as subáreas do pensamento econômico que mais têm se desenvolvido nos últimos anos. O estudo da alocação eficiente de recursos em uma área fundamental para o bem-estar de uma sociedade, ampla no quesito necessidades e onde a definição recursos escassos beira o radicalismo, assume grande importância em uma sociedade democrática que busque a melhoria da qualidade de vida de sua população. O presente trabalho tem como objetivo estimar uma fronteira eficiente do gasto em saúde nos municípios brasileiros para, em seguida, buscar explicações para os diferentes níveis de eficiência na aplicação dos recursos. Para tanto, utilizou-se o Método de Análise Envoltória de Dados com rendimentos variáveis com orientação para insumos e para análise dos fatores determinantes da produtividade adotou-se um modelo de regressão do tipo Tobit. Essa abordagem é conhecida como DEA em dois estágios. A fronteira calculada deixou claro os fortes contrastes existentes entre as diferentes regiões do país. A heterogeneidade característica do Brasil está presente na fronteira de eficiência calculada, dado que os municípios mais eficientes do Norte e Nordeste apresentam, em media, indicadores de expectativa de vida e a mortalidade infantil piores que os encontrados nos menos eficientes do Sul e Sudeste. O segundo estágio da Análise Envoltória, representado pela regressão Tobit, mostrou evidências da existência de ganhos de escala na prestação de serviços de saúde e que municípios com pior distribuição de renda e menor infra-estrutura urbana tendem a ser menos eficientes.

ASSUNTO(S)

saúde pública - municípios economia econometria; saúde pública - municípios econometria

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