Eficácia da clozapina, haloperidol e clorpromazina na esquizofrenia em um período de cinco anos

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-06

RESUMO

OBJETIVO: O propósito deste estudo foi avaliar os efeitos de baixas doses de clozapina em regime flexível comparando com o uso de haloperidol e clorpromazina por período de 5 anos. MÉTODO: Um estudo prospectivo naturalístico, ativo-controlado foi realizado com 325 pacientes com idade média de 34,8 (variância 21-57). Todos com diagnóstico de esquizofrenia. No primeiro surto da doença os pacientes apresentavam idade média de 27,9 anos (variância 17-38) e os surtos subsequentes apareceram em média 4,1±0,5 anos após. Os pacientes foram orientados a receberem haloperidol (105 pacientes com dose entre 2 e 15 mg), clorpromazina (105 pacientes com dose entre 100 e 400 mg) e clozapina (115 pacientes com dose entre 75 e 600 mg). Os instrumentos psicométricos utilizados (GWB, PANSS e CGI) foram regularmente empregados durante os 5 anos do estudo. RESULTADOS: Os 66 pacientes respondedores ao tratamento foram incluídos no protocolo de análise: 12, 10 e 16 apresentavam síndrome esquizofrênica positiva e 7, 6 e 15 síndrome negativa esquizofrênica com haloperidol, clorpromazina e clozapina, respectivamente. Diferenças estatísticas significantes foram observadas em todas as avaliações psicométricas em ambas síndromes esquizofrênicas favorecendo a clozapina. A distribuição de 18 tipos de efeitos colaterais observados foi diferente de modo significativo entre os 3 grupos estudados. A clozapina foi a droga que apresentou menos efeitos colaterais. CONCLUSÃO: A clozapina administrada por longo termo em pequenas doses em regime flexível apresenta melhor eficácia nas síndromes esquizofrênicas quando comparada a outras drogas antipsicóticas.

ASSUNTO(S)

esquizofrenia drogas antipsicóticas avaliação a longo termo prática clínica

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