Avaliação de aspectos cognitivos em homens portadores de esquizofrenia em tratamento com haloperidol ou clozapina

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar, sob o ponto de vista psicológico, aspectos cognitivos de pacientes portadores de esquizofrenia associados ao tipo de medicamento antipsicótico em uso. MÉTODOS: Participaram dois grupos: no grupo 1 os pacientes em tratamento com haloperidol (n = 14) e no 2 aqueles em tratamento com clozapina (n = 16). Ambos os grupos eram formados por indivíduos com esquizofrenia em tratamento psiquiátrico ambulatorial no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), cuja faixa etária variou entre 18 e 59 anos. Foram usados como instrumentos o Operational Checklist for Psychotic Illness (OPCRIT) para definição do diagnóstico de esquizofrenia e a técnica de Rorschach. Também se realizou a análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Bonferroni, com nível de significância de p < 0,05 sobre os dados do teste de Rorschach. RESULTADOS: O grupo 1 apresentou F+ < 80%; FK < KF + K; FC < CF + C. O grupo 2 apresentou F+ > 80%; FK = KF + K; FC > CF + C. Ambos os grupos apresentaram escore de forma (sigmaF) na faixa clínica considerada normal. CONCLUSÃO: Os resultados do Rorschach permitem inferir que os pacientes medicados com clozapina apresentam indicativos de capacidade de produção e adaptação à tarefa, controle pelo uso da inteligência sobre impulsos e instintos, capacidade para suportar frustração e funcionamento do raciocínio lógico em melhores condições do que os pacientes medicados com haloperidol.

ASSUNTO(S)

rorschach esquizofrenia medicamento antipsicótico

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