Eficácia clínica e fisiológica da aplicação de gordura autóloga com plasma rico em plaquetas no tratamento da incontinência fecal
AUTOR(ES)
Castillo, Elvis Vargas; Amaral, Ingrid Melo; Domínguez, Arisel; López, Sthephfania; Chiantera, Daniel; Paz, Mariangela Pérez; Coacuto, Jenils Daniela; Soto, Andrés Eloy
FONTE
J. Coloproctol. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-09
RESUMO
Resumo Objetivo: A incontinência fecal é uma condição frequente que pode ocorrer devido a diferentes causas, com impacto negativo na autoestima e qualidade de vida, morbidade secundária, incapacidade e custos significativos. Existem várias opções para o manejo da incontinência fecal; o tratamento médico, as modificações higiênicas da dieta e o biofeedback, são os de primeira linha. A cirurgia é recomendada apenas para pacientes que não respondem ao tratamento de primeira linha ou aqueles com incontinência fecal grave; as taxas de sucesso são variáveis e o custo do tratamento cirúrgico é elevado. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a eficácia e descrever a técnica de aplicação de gordura autóloga com plasma rico em plaquetas (AFPRiP) em pacientes com incontinência fecal; o estudo também avaliou parâmetros secundários de qualidade de vida, manométricos e ultrassonográficos, bem como a segurança da implantação e suas complicações. Métodos: Um estudo experimental prospectivo, de centro único, foi realizado de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018 no Hospital Domingo Luciani. A escala de Wexner e o FIQL foram preenchidos no pré-operatório e comparados no seguimento de três, seis e 12 meses; manometria anorretal e ultrassonografia endoanal foram realizadas antes e seis meses após a cirurgia. Resultados: Doze pacientes foram operados; o tempo médio da cirurgia foi de 43 minutos, sem maiores complicações. Na escala de Wexner, observou-se melhora na continência: de 10,4 pré-operatório a 4 no terceiro mês (p = 0,066), 4,74 no sexto mês (p = 0,001) e 5 em um ano (p = 0,001), uma melhoria de 83,4%. Já o FIQL evoluiu de 50,9 no período pré-operatório para 98,6 no terceiro mês (p = 0,001), 95,5 no sexto mês (p = 0,001) e 91,3 em um ano (p = 0,066). Conclusões: A AFPRiP é uma técnica inovadora, segura e que apresenta resultados adequados.
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