Effects of home-based exercises on wieght change and metabolic factors in non-obese women / Programa de exercícios físicos domiciliares na modificação do peso corporal e fatores metabólicos em mulheres não obesas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de um programa de exercício físico domiciliar combinado à pequena restrição energética sobre a modificação do peso corporal em mulheres não obesas acompanhadas durante 12 meses. Além disso, foi avaliado o efeito da resistência insulínica (RI) na linha de base na modulação da perda de peso. Trata-se de ensaio clínico randomizado, com desenho fatorial, conduzido entre 2003 e 2005. Duzentas e três mulheres, com idade entre 25 e 45 anos, foram alocadas randomicamente para intervenção com exercícios físicos [grupo controle (CG) ou exercício domiciliar (ED)] e dieta [baixo índice glicêmico (BIG) ou alto índice glicêmico (AIG)]. O grupo ED recebeu uma cartilha com exercícios aeróbios que pudessem ser realizados em casa, durante três vezes por semana, 40 minutos por sessão, com intensidade moderada. A intervenção dietética foi baseada em pequeno déficit energético diário (100-300) kcal com distribuição equilibrada de macronutrientes. A variação do índice glicêmico baseou-se em diferença de 40 unidades entre AIG e BIG para cada refeição, utilizando o pão branco como alimento padrão. Em relação à intervenção com exercícios, o grupo ED encontrou maior redução do peso corporal nos seis primeiros meses (-1,4 vs. -0,8 kg; p=0,04) sem diferença após 12 meses (-1,1 vs. -1,0 kg; p=0,20). Foi observado maior aumento do HDL colesterol para ED (18,3 vs. 9,5 mg/dl; p<0,01) ao final do estudo. Não foram encontradas diferenças na linha de base entre os grupos não RI (n=121) e RI (n=64) para IMC (26,7 vs. 26,3 p=0,21), exceto para circunferência de cintura, glicose, insulina e HOMA-IR, em que o grupo não IR apresentou menores valores. As mulheres classificadas como RI apresentaram maior perda de peso após 12 meses de acompanhamento quando comparadas com as não RI (-1,6 vs. -1,1 kg; p=0,01). O grupo ED apresentou maior redução do peso corporal apenas entre as mulheres não RI (-1,5 vs. -0,7 kg; p=0,04). A dieta AIG promoveu maior redução do peso corporal e do IMC em comparação com a BIG durante o período de acompanhamento sendo esta maior para as mulheres com RI (-2,1 vs. -1,0 kg; p=0,005 e -0,8 vs. -0,4 kg/m2; p=0,007) em comparação com as não insulino-resistentes (-1,4 vs. -0,8 kg; p=0,04 e -0,5 vs. -0,3 kg/m2; p=0,05). As mulheres com RI base tiveram uma redução do HOMA-IR após três meses com aumento para as não insulino-resistentes (-0,73 vs. +0,37; p=<0,001). Os resultados do presente trabalho permitem concluir que o programa de exercício físico domiciliar promoveu maior redução do peso corporal apenas nos seis primeiros meses não tendo sido observadas diferenças entre os grupos após 12 meses de seguimento. A melhora no perfil lipídico durante todo o período de acompanhamento observado no grupo que realizou exercícios, principalmente para HDL colesterol, sugere benefícios de saúde relacionados a essa intervenção. A RI na linha de base facilitou a perda peso durante todo o período de acompanhamento tendo o exercício físico promovido maior perda de peso apenas entre as mulheres não insulino-resistentes.

ASSUNTO(S)

atividade física resistência insulínica obesidade sobrepeso prevenção obesity prevention insulin resistance medicina preventiva physical activity overweight

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