Effect of the COVID-19 pandemic on patients with inherited neuromuscular disorders
AUTOR(ES)
Moreno, Cristiane Araujo Martins; Camelo, Clara Gontijo; Sampaio, Pedro Henrique Marte de Arruda; Fonseca, Alulin Tácio Quadros Santos Monteiro; Estephan, Eduardo de Paula; Silva, André Macedo Serafim; Pirola, Renann Nunes; Silva, Luiz Henrique Libardi; Lima, Karlla Danielle Ferreira; Albuquerque, Marco Antônio Veloso de; Camelo Filho, Antonio Edvan; Marques, Marcos Vinícius Oliveira; Yanagiura, Mario Teruo; Cavalcante, Wagner Cid Palmeira; Matsui Junior, Ciro; Isihi, Lucas Michielon de Augusto; Mendonça, Rodrigo Holanda; Pouza, Ana Flávia Pincerno; Carvalho, Mary Souza de; Reed, Umbertina Conti; Zanoteli, Edmar
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Antecedentes: A Pandemia por COVID-19 tem trazido desafios subtanciais para a prática clínica no tratamento das doenças neuromusculares hereditárias (DNMh). A infecção não tem sido a única preocupação para os pacientes. O distanciamento social tem comprometido a assistência multidisciplinar, atividade física e tem trazido problemas mentais em decorrência do próprio isolamento. Nós apresentamos aqui um seguimento de 363 pacientes com DNMh de um centro terciário Brasileiro durante o pico da Pandemia de Covid-19. Objetivos: Mostrar a frequência e gravidade da infecção por Sars-Cov-2 em pacientes com DNMh e demonstrar os efeitos da pandemia nos hábitos de vida, na progressão da doença e no cuidado multidisciplinary. Métodos Trezentos e sessenta e três pacientes (58% homens and 42% mulheres) foram acompanhados por 3 meses através de 3 teleconsultas durante o pico da Pandemia de Covid-19 no Brasil. Resultados Houve um decréscimo no número de pacientes que faziam terapia física, respiratória e fonoaudiológica. Em muitos pacientes, o apetite (33%) e hábitos do sono (25%) se alteraram. Exercícios físicos e terapias foram interrompidas pela maioria dos pacientes. Physical exercises and therapies were interrupted for most of the patients. Eles relataram piora ou aparecimento de fadiga (17%), dor (17%), retrações (14%), e escoliose (7%). Irritabilidade, mudanças no sono, peso e apetite, sendo principalmente diminuição do apetite e peso foram mais frequentemente encontrados em pacientes que apresentaram piora clinica da doença. Houve uma baixa taxa de contaminação por Covid-19 (0.8%), e todos os pacientes infectado apresentaram quadro clinico leve. Conclusão O isolamento por si só se mostrou protetor na perspectiva de infecção por Covid-19, mas pode desencadear um cenário complexo com mudanças nos hábitos de vida e curso desfavorável da doença de base.