Efetividade de diferentes técnicas de clareamento para dentes não vitais e sua influência na dureza do esmalte e da dentina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O clareamento em consultório tem sido preconizado como auxiliar do clareamento interno de dentes não vitais. Com a associação destas técnicas a concentração de peróxido de hidrogênio liberado é aumentada, podendo potencializar os efeitos deletérios do clareamento sobre os tecidos dentais. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, os efeitos da associação do clareamento em consultório com o clareamento interno sobre a dureza do esmalte e da dentina e avaliar a efetividade do clareamento. Foram utilizados 128 dentes bovinos, que foram escurecidos e submetidos ao clareamento por 3 semanas, de acordo com os grupos: G1- curativo intracanal de perborato de sódio e água (PS), G2- curativo intracanal de peróxido de carbamida 37% (PC), G3- curativo intracanal de peróxido de hidrogênio 35% (PH), G4- aplicação em consultório de PH e curativo intracanal de algodão embebido em água (AA), G5- aplicação em consultório de PH e curativo intracanal de PS, G6- aplicação em consultório de PH e curativo intracanal de PC, G7- aplicação em consultório de PH e curativo intracanal de PH e G8- curativo intracanal de AA (grupo controle). A efetividade de clareamento foi avaliada com auxílio da escala Vita, em seqüência de luminosidade, comparando a cor inicial com a cor final após o tratamento clareador. Em seguida, os dentes foram seccionados e os fragmentos obtidos foram incluídos e polidos para análise da dureza Knoop. Foram realizadas leituras em três profundidades da dentina (superficial, média e interna) e em duas profundidades do esmalte (externa e interna). O teste de Kruskal-Wallis demonstrou diferenças estatisticamente significantes na avaliação da efetividade (p=0,0000). Todas as técnicas clareadoras, ou a associação delas tiveram efeito clareador similar e diferiram estatisticamente do G8 (controle). Os resultados de dureza foram submetidos ao teste de Friedman para avaliação das profundidades no mesmo grupo e Kruskal-Wallis para comparar o efeito na mesma profundidade nos diferentes grupos. A dureza do esmalte externo foi significativamente maior que do esmalte interno, mas sem diferença entre os grupos nas duas profundidades. Em dentina houve diferença de dureza nas diferentes profundidades nos grupos G3, G6 e G7 (p<0,05). Ao comparar as diferentes profundidades entre os grupos houve diferença estatística na dentina média, sendo que o G3 apresentou dureza inferior ao G2 (p<0,05), porém ambos não diferiram dos demais grupos. Assim, a utilização de PH em consultório ou associado a outros materiais, deve ser evitada, pois todas as técnicas clareadoras foram igualmente efetivas e a utilização de PC e PS não causou alteração da dureza do esmalte e da dentina.

ASSUNTO(S)

dental bleaching efetividade clareamento dental effectiveness odontologia dureza dental dental microhardness

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