Efeitos de fatores sociodemográficos, clínico-profiláticos e terapêuticos na sobrevida de pacientes com aids acompanhados em uma unidade ambulatorial brasileira
AUTOR(ES)
Signorini, Dario José Hart Pontes, Codeço, Claudia Torres, Carvalho, Marilia Sá, Campos, Dayse Pereira, Monteiro, Michelle Carreira Miranda, Andrade, Marion de Fátima Castro de, Pinto, Jorge Francisco da Cunha, Sá, Carlos Alberto Morais de
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-09
RESUMO
O programa Brasileiro de DST/AIDS oferece acesso livre e universal à terapia anti-retroviral. Este estudo investiga a influência dos fatores sociodemográficos, clínico-profiláticos e terapêuticos na sobrevida, após o diagnóstico de AIDS, em uma coorte aberta de 1.420 pacientes atendida em hospital universitário na Cidade do Rio de Janeiro (1995-2002). Kaplan-Meier e modelo de risco proporcional de Cox foram usados para estimar os efeitos das variáveis nas três dimensões estudadas. O tempo de sobrevida global no quartil superior foi de 24 meses (IC95%= 20,5-27,5), aumentando de 14 meses, em 1995, para 46 meses, em 1998. Encontrou-se um efeito protetor do comportamento heterossexual contra o risco de morte que pode ser atribuído à proporção crescente de mulheres na coorte, que coincide com a introdução da terapia. Baixa escolaridade, admissão hospitalar e ausência de seguimento nas consultas foram fatores de risco, enquanto a profilaxia para PCP e para toxoplasmose foram protetoras. O número de tentativas requeridas para consolidar a terapia anti-retroviral mostrou não ter efeito significativo na sobrevida. O modelo completo, incluído o número de drogas anti-retrovirais do esquema, confirmou a tripla terapia como o melhor esquema. Este estudo traz importantes informações para definir orientações que lidem com diferentes aspectos relacionados com o manuseio prático de pacientes e seus comportamentos, desta forma contribuindo para o sucesso do livre acesso à terapia anti-retroviral no controle da AIDS.
ASSUNTO(S)
estudos epidemiológicos estudos de coortes modelos de riscos proporcionais métodos não paramétricos análise de sobrevivência agentes anti-hiv evolução fatal taxa de sobrevivência mortalidade hospitalar brasil
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