Efeitos da inclinação da esteira na marcha de crianças com síndrome de down

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Contextualização: A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética caracterizada por ser uma encefalopatia congênita não progressiva. As crianças com SD apresentam hipotonia muscular e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor que dificultam a aquisição da marcha para estas crianças. Objetivo: Analisar os efeitos da inclinação da esteira na marcha de crianças com SD. Metodologia: Foram avaliados 23 sujeitos ( 9 do gênero feminino e 14 do gênero masculino), com média de idade de 8,43 2,25 anos, com capacidade de deambular classificada em nível 5 de acordo com a Categoria de Deambulação Funcional (FAC Functional Ambulatory Category). Inicialmente realizou-se avaliação subjetiva de equilíbrio através de questionário (Escala de Equilíbrio de Berg- BBS) em seguida, a análise cinemática da marcha em esteira elétrica sem inclinação e com inclinação de 10%, utilizando o sistema de análise do movimento Qualisys System. Para análise dos dados foi utilizado o programa Bioestat 5.0 atribuindo-se nível de significância de 5%. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste D`Agostino e posteriormente foi aplicado o teste t-pareado para comparar os dados nas duas condições experimentais. Resultados: Observou-se diferença significante estatisticamente nas variáveis espaço-temporais: redução na cadência ( de 108,92 39,07 para 99,11 27,51, p<0,04) , aumento no tempo do ciclo (de 1,24 0,27 para 1,36 0,34, p=0,03) e aumento no tempo de balanço (de 0,77 0,15 para 0,82 0,18, p<0,001) . As variáveis angulares que demonstraram aumento estatisticamente significante foram: quadril no contato inicial (de 12,23+4,63 para 18,49+ 5,17, p<0,0001) e máx. flexão no balanço (de 12,96 4,32 para 19,50 4,51, p<0,0001); joelho no contato inicial (de 15,59 6,71 para 21,63 6,48, p<0,0001); e tornozelo no contato inicial (de 2,79 9,8 para 2,25 8,79, p<0,0001), máx. dorsiflexão no apoio (de 4,41 10,07 para 7,13 11,58, p<0,0009), máx. flexão plantar no pré-balanço (de 6,33 8,77 para 2,69 8,62, p<0,0004). Conclusões: A inclinação atua de forma positiva nas características angulares e espaço-temporais da marcha de crianças com Síndrome de Down, demonstrando possível benefício da utilização deste tipo de superfície na reabilitação da marcha desta população

ASSUNTO(S)

inclinação down syndrome fisioterapia e terapia ocupacional gait inclination marcha síndrome de down

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