Efeitos adversos em mulheres submetidas a cirurgias ginecologicas e mamarias de pequeno porte
AUTOR(ES)
Adriana de Cassia Paiva dos Santos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
OBJETIVOS: Analisar em mulheres submetidas a cirurgias ginecológicas e mamárias consideradas de pequeno porte a ocorrência de complicações e efeitos adversos no período de 24 horas de pós-operatório e verificar se há associação com os antecedentes clínicos, técnica anestésica e topografia da cirurgia. SUJEITOS E MÉTODOS: Este foi um estudo tipo corte transversal que incluiu 159 mulheres submetidas a procedimentos cirúrgicos, ginecológicos e mamários considerados de pequeno porte como: conização do colo uterino, exerése de nódulo com ou sem agulhamento prévio, fistulectomia mamária, inserção de port-a-cath, e outras, durante o período de julho a setembro de 2003 no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas. Os dados foram obtidos dos prontuários das pacientes e consistiram de informações pré e pós-operatórias feitas pela equipe de enfermagem do centro cirúrgico e da enfermaria e pela equipe médica, e transcritas para uma ficha pré-codificada criada para este estudo, e posteriormente conferidos e analisados. Foram utilizadas para a análise estatística as freqüências, as medianas, os valores mínimo e máximo, o teste não paramétrico de Kruskall Wallis, o teste não paramétrico Wilcoxon para duas amostras e odds ratio com seu respectivo intervalo de confiança. RESULTADOS: As principais complicações pós-operatória foram: náuseas e vômitos, dor e sangramento vaginal anormal, e ocorreram respectivamente aos 257,2, 288,8 e 260,5 minutos, após o término da cirurgia. Observou-se que em 42,1%, 32,1% e 25,8% das mulheres, os procedimentos foram realizados sob bloqueio intercostal, bloqueio espinhal e anestesia geral, respectivamente. Em relação à alta da recuperação pós-anestésica, esta foi significativamente menor nas mulheres submetidas ao bloqueio intercostal, com diferença significativa em relação àquelas submetidas ao bloqueio espinhal e anestesia geral (p=0,02). Observou-se que doze mulheres apresentaram complicações no centro cirúrgico: sangramento anormal intra-operatório (sete casos) e náuseas e vômitos na recuperação pós-anestésica (cinco casos). As principais complicações foram observadas de quatro a seis horas após o término da cirurgia. Náuseas e vômitos ocorreram com maior freqüência nas mulheres submetidas ao bloqueio intercostal enquanto a dor foi mais freqüente nas mulheres submetidas ao bloqueio espinhal para cirurgias realizadas na pelve. CONCLUSÃO: Dos resultados obtidos, conclui-se que a observação por um período de seis horas após o término da cirurgia permite detectar a maioria das complicações e efeitos adversos que ocorrem em mulheres submetidas a cirurgias ginecológicas e mamárias de pequeno porte
ASSUNTO(S)
anestesia epidural cirurgia ginecologica complicações pos-operatorias raquianestesia
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000350310Documentos Relacionados
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